Artista denuncia transfobia e brutalidade de policiais e organização durante Parada LGBTQIA+ de Goiânia

Anarkotrans teria sido expulsa do evento por diversos policiais após se apresentar

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
(Foto: Reprodução/Redes sociais)

Uma das artistas que trabalharam na 28ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de Goiânia, Anarkotrans, denunciou pelas redes sociais a agressão que sofreu por parte da organização do Circuito Goiânia de Todas as Cores, que se deu logo após a parada.

Com início às 12h e organizado por diversos movimentos sociais, a Parada do Orgulho se encerrou às 18h deste domingo (28). Assim, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), organizou apresentações artísticas no período noturno.

Como a DJ e cantora, Rafaela Lincoln, conhecida como Anarkotrans, havia trabalhado durante o primeiro evento, esta solicitou entrada no segundo, que seguiu a mesma temática.

Porém, acompanhada de um amigo transsexual, este teve o acesso negado, o que causou indignação na artista. “Fiquei nervosa e falei que achei hipocrisia o tema ser Transfobia Mata e a organização não aceitar a entrada de pessoas trans, disse em vídeo publicado no Instagram.

“Eu me espantei com a forma que fui tratada naquele momento, porque logo após eu ter dito minha indignação, me pediram para me retirar do espaço”, relatou.

Tal expulsão foi registrado em vídeo por testemunhas, sendo que a Anarkotrans teria sido retirada com brutalidade por diversos policiais da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM) à pedido de um servidor ligado à Secult.

A artista relata que o funcionário teria solicitado a expulsão por ela “não ser convidada do evento”. “Com isso, eu pensei que estava trabalhando de graça para pessoas que estavam ganhando dinheiro com a minha imagem e de outras pessoas trans que estavam sendo agredidas no espaço. Eu não fui a única”.

Como resposta diante do ocorrido, a organização da Parada emitiu uma nota de repúdio e reforçou que o evento não possui ligação com aquele organizado pela prefeitura.

“O tema da 28ª Parada foi ‘Transfobia Mata: Acolher, Proteger e Respeitar’, entretanto, a organização presenciou servidores da Prefeitura, juntamente com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), violando direitos humanos da comunidade LGBTQIAPN+ e agredindo verbalmente as pessoas”, destaca o texto.

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Públicas, juntamente com a Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados (CDSG-OAB), seccional Goiás, se organizam para protocolar todas as denúncias envolvendo abuso de poder e violência policial no evento.

 

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