Santo enterrado em cemitério de Anápolis recebe pedidos e agradecimentos por graças entregues

Túmulo é o mais visitado do local e são os próprios fieis que se encarregam de mantê-lo bem conservado

Samuel Leão Samuel Leão -
Homenagens em túmulo de João da Cruz. (Foto: Samuel Leão)

Entre tantas figuras de santidade, representadas em templos de Anápolis, há uma que permanece esquecida e, volta e meia, é reivindicada por fiéis. É o chamado João da Cruz, considerado por alguns como santo, que nasceu no município em 1911.

À época, ele era conhecido por portar uma doença autoimune chamada “Fogo Selvagem”, que se caracteriza por bolhas e feridas profundas na pele. Apesar de ser apontada como causadora de grandes dores, João nunca teria sentido nada durante toda a vida.

O beato era reconhecido pelo cuidado com a comunidade e pela fé, vivendo em humildade e sempre ativo em práticas de caridade.

No túmulo onde está enterrado, no Cemitério São Miguel, existe até hoje a prática de se colocar uma caixinha de moedas, aonde são depositadas doações. É, inclusive, a própria gestão do cemitério que as recolhe diariamente e encaminha à filantropia.

Cemitério São Miguel, local onde está enterrado João da Cruz. (Foto: Samuel Leão)

João da Cruz morreu cedo, aos 44 anos, em 1955, mas ainda assim construiu um forte grupo de devotos e consolidou-se no imaginário da cidade.

No túmulo dele, é possível encontrar dezenas de placas, agradecendo pelas graças recebidas e pedindo auxílio. Lá também são deixadas garrafas de água – levadas para se tornarem bentas, cartas, simulados escolares e até uma churrasqueira, na qual velas são acesas em sinal de memória e devoção.

Simulados e cartas deixados no túmulo de João da Cruz por fiéis. (Foto: Samuel Leão)

Ao Portal 6, o gestor do cemitério São Miguel, Julio Meguervithian, afirmou que o túmulo é o mais visitado do local.

Todo o cuidado com o memorial também é feito por fiéis que, segundo ele, chegam a comparecer todas as segundas-feiras, levando objetos e pedidos ao santo.

Apesar do reconhecimento local, não foram encontrados registros de tentativas de registro da santidade na Igreja Católica Apostólica Romana.

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