Conheça o município goiano que já foi rico em diamantes e guarda uma vista de tirar o fôlego

Recheada de histórias, cidade também é um grande atrativo para quem curte turismo ecológico e aventuras

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Lago Pôr do Sol, em Iporá. (Foto: Divulgação / MPGO)

Goiás é um estado repleto de histórias, desde os tempos em que o Brasil era apenas uma colônia de Portugal. Foi nesse contexto que um dos municípios goianos mais ricos em diamantes foi fundado.

Estamos falando de Iporá, cidade que quer dizer Águas Claras em tupi-guarani. Ela foi fundada no século XVII, época em que a extração de ouro e metais preciosos traziam diversos exploradores para a atual região goiana.

Foto retrô de Iporá, em meados do século XX. (Foto: Prefeitura de Iporá)

Os registros históricos apontam que o povoado teve início com empresários paulistas e que montaram estadias próximas a minas de diamantes. No local, também havia uma guarnição da Coroa Portuguesa.

Nas margens do Rio Claro, foi construída uma igreja dedicada a Nosso Senhor do Bonfim, que serviu como um ponto de referência para que garimpeiros, militares e comerciantes construíssem as primeiras casas ao redor da paróquia.

Batizado como Arraial de Pilões, o vilarejo teve um período de muita prosperidade, chegando a ser sede do governo itinerante da Capitania de São Paulo, no final de 1748 até o início de 1749.

Neste ano, o povoado foi elevado à Capitania autônoma, quando Goiás se desmembrou da administração paulista.

Tempos depois, Pilões passou a ser um entreposto comercial entre Vila Boa de Goiás e Cuiabá. Graças à expressiva produção de diamantes, o arraial se desenvolveu, a ponto de ser elevado a distrito de Vila Boa, em 1833, com o nome de Rio Claro.

Entretanto, apesar de um início com bastante sucesso, o distrito entrou em uma decadência econômica nas décadas que vieram.

Além disso, um surto de febre amarela dizimou a população e, os que não morreram, quase todos se mudaram dali, restando somente poucas famílias.

Após tantas adversidades, nos anos 1930, uma comissão escolheu por realizar a mudança do distrito, levando-o às margens do Córrego Tamanduá, para abrigar a futura cidade.

Atualmente, naquele local se encontra a atual sede do município, que se chamou inicialmente de Itajubá, antes de ser rebatizado como Iporá, no ano de 1943.

Visão aérea de Iporá, no interior de Goiás. (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Iporá)

Se apoiando no desenvolvimento da agropecuária, o distrito voltou a crescer e, cinco anos depois, ganhou emancipação política.

Hoje, a cidade possui uma economia firme e política consolidada, sendo um polo da região Oeste de Goiás. Um dos principais atrativos para quem quer lazer na cidade é o Lago Pôr do Sol.

O lugar conta com academia ao ar livre, pista de caminhada, além de quadras de areia, de futsal, de basquete, de gramado sintético, academia pública e pista para eventos.

Além disso, o município é um grande atrativo para quem gosta de turismo de natureza. Isso porque ele se localiza próximo ao Morro do Macaco.

Morro do Macaco, cartão-postal de Iporá (Foto: Divulgação / MPGO)

Com uma vista de tirar o fôlego, o local permite que os visitantes façam trilhas ecológicas, motocross ou até mesmo aproveitar os 450 metros de altitude do local para a prática de saltos e voos livres de parapente.

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