Para fugir do ônibus e economizar, viagem de aplicativo versão moto vira opção entre jovens de Goiás

Modalidade representa uma forma ágil e mais em conta entre os usuários na hora de se locomover pela capital

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Imagem mostra pessoa andando de moto. (Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress)

Praticidade, rapidez e, principalmente, economia. Para fugir das lotações dos ônibus e dos preços por vezes ‘salgados’ cobrados pelas plataformas de mobilidade na opção carro, os Uber e 99 versão moto têm integrado o cotidiano dos goianienses que buscam se locomover de forma mais barata.

Seja para ir ao trabalho, faculdade ou para chegar em festas, a categoria ganhou força na capital, principalmente entre os jovens por ser uma ‘mão na roda’ na hora de chegar até o destino. Pelo menos é o que acredita o estudante Diego Alves, de 21 anos.

Desde meados de julho do ano passado, o universitário utiliza a versão de viagens de aplicativo por moto e, o que até então era apenas um teste, se tornou uma prática frequente.

Em entrevista ao Portal 6, ele afirma que, em média, costuma solicitar quatro viagens de motocicleta por dia. A razão para a substituição das corridas de carro por moto é simples: o custo.

Após quase um ano aderindo a prática, Diego afirma que notou uma economia de R$ 120 por semana.

“Uso muito para ir da minha casa para a faculdade e para o serviço. Além de ser algo mais barato, eu também gosto por ser mais rápido. Como a moto vai entrando no meio dos carros, a gente acaba que chega de forma mais ágil no lugar. Já no carro não, teríamos que esperar mais”, destaca.

Apesar disso, o estudante afirma que o transporte apresenta um ponto negativo, se comparado a um carro, no quesito segurança.

“Eu acho um pouco perigoso porque às vezes eu tenho que pegar a Marginal Botafogo ou alguma BR e a gente fica com medo de acontecer algo porque moto é mais sensível”, sinaliza.

A experiência e os motivos que levaram Diego a aderir as viagens de aplicativo na modalidade moto se assemelham aos da social media, Marina Gratão, de 20 anos.

Ela – que começou a usar a modalidade há dois meses – conta que optou por utilizar a opção pela economia, conforto e velocidade que a modalidade oferece.

“Eu pago mais ou menos R$ 250 ou R$ 270 por mês com o 99 moto indo e voltando do meu trabalho. É um pouco a mais do que eu gastaria com o ônibus, mas como eu recebo auxílio combustível, eu apenas junto mais R$ 50 e uso o transporte”, diz.

Apesar da economia, ela destaca uma desvantagem da modalidade: o compartilhamento generalizado do capacete e a não entrega de toucas.

De acordo com ela, o fato de diversos passageiros usarem a mesma proteção representa um risco para a saúde capilar dos usuários.

“Eu uso uma touca de cetim no capacete, mas acho que tinha que ser obrigatório os motoristas oferecerem uma touca descartável. […] É anti-higiênico todo mundo ficar usando aquele capacete o dia todo”, afirma.

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