Começa julgamento popular de dois dos acusados de assassinar jovem em teste de psicopatia

Raissa Nunes e Jeferson Cavalcante respondem por homicídio qualificado por motivo fútil e que impossibilitou defesa da vítima

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
(Foto: Reprodução/ Eliana Laureano)

Passados dois anos e cinco dias do assassinato da jovem Ariane Bárbara Laureano, de 18 anos, dois dos jovens acusados de envolvimento com o crime enfrentam júri popular nesta terça-feira (29). A previsão é de que o julgamento dure cerca de 14h.

O julgamento teve início na manhã desta terça-feira (29) e está sendo presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida. Ao todo, estão sendo julgados os réus Raissa Nunes e Jeferson Cavalcante.

Raissa é acusada de homicídio qualificado por motivo fútil e que impossibilitou a defesa da vítima. Ela é apontada como autora das facadas e, durante um depoimento, afirmou ter cometido o crime, pois queria saber se era uma psicopata.

Também acusado pelo mesmo delito, Jeferson ainda teria usado o próprio carro para levar o grupo em um passeio e, posteriormente, jogar o corpo de Ariane em uma mata, no Setor Jaó.

Ao G1, o advogado de Jeferson Rodrigues, Luiz Carlos Ferreira, afirmou que a defesa está concentrada em mostrar que o jovem não gostaria de estar presente no momento do crime.

Já a defesa de Raissa, representada pelo advogado Luciano Rezende, alegou que a jovem está confiante e que ficará em silêncio durante o julgamento.

A acusação contra os réus é sustentada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), representado pelo promotor Maurício Gonçalves de Camargos, e conta com o assistente de acusação Leandro Henrique Zeidan Vilela de Araújo.

Além dos réus, um outro jovem, chamado Enzo Jacomini Carneiro Matos, foi julgado em março deste ano e condenado a 15 anos de prisão pela participação no crime.

Relembre o caso

Ariane Bárbara Laureano de Oliveira desapareceu no dia 24 de agosto de 2021, após avisar a mãe de que sairia para se encontrar com alguns amigos para lanchar.

A jovem chegou a ficar desaparecida por sete dias e foi encontrada morta em uma mata do Setor Jaó, em Goiânia, no dia 31 de agosto.

Logo no início das investigações, foi descoberto que o crime havia sido planejado por três amigos, sendo um deles menor de idade, numa espécie de ritual.

Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MPGO), Raíssa, Jefersson e Enzo teriam atraído a vítima para o veículo, sob argumento de que iriam comer um lanche.

Na ocasião, por volta das 21h, já dentro do automóvel, Raissa teria tentado estrangular Ariane, mas a força aplicada não foi suficiente para cometer o crime.

Logo em seguida, Enzo teria trocado de assento com a colega e passou a enforcar a vítima pelas costas, ocasionando um desmaio.

Depois, Raissa teria retornado ao banco traseiro e, juntamente com uma outra adolescente, pegou uma faca e efetuou diversos golpes que resultaram na morte de Ariane.

Após o assassinato, Jeferson parou o veículo para que Raissa e a menor colocassem o corpo da mesma no porta-malas e, depois, abandonou o cadáver da menina em um matagal, no Setor Jaó.

 

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