Conheça a história polêmica de padre que foi expulso da diocese de Anápolis

Além de site atacando bispo e outras autoridades da Igreja Católica, o religioso mantém placas com “conselhos” que viralizaram em todo o país

Davi Galvão Davi Galvão -
Conheça a história polêmica de padre que foi expulso da diocese de Anápolis. (Foto: Montagem)

No pacato distrito de Miranápolis, distrito de Anápolis, estão as curiosas placas que ostentam dizeres como “A bebida alcoólica é urina do capeta” e “A mulher que usa roupa curta, transparente e decotada, é amiga de Satanás”, que já viralizaram por todo o país.

Mais curiosa ainda, porém, é a história do padre responsável por todo essa estrutura, que foi, inclusive, expulso da Diocese de Anápolis.

Placas como essas estão em ruas do povoado de Miranápolis. (Foto: Danilo Boaventura)

Se trata do missionário Divino Antônio Lopes, conhecido também como Padre Toninho. Devido a uma série de confusões e desavenças com a Igreja Católica e especialmente com o já falecido bispo Dom Manoel Pestana Filho, ele acabou sendo desligado formalmente em 2001.

Padre Divino Antônio Lopes (segundo, da esquerda para a direita) posando para foto com membros do Instituto Missionário Filhos. (Foto: Reprodução)

Apesar disso, continuou pregando e fundando novas células pelo interior de Goiás, atraindo fiéis mais fervorosos e propagando uma linha de pensamento extremamente conservadora.

O Instituto Missionário Filhos, local onde as placas foram colocadas, também já chegou a fixar ataques a imagem e a honra do falecido Bispo Pestana.

“Conheça o Bispo Dom Manoel Pestana Filho: Chefe da Put#ria” e “Dom Manoel Pestana Filho: Bispo Imoral” são alguns exemplos das escrituras que foram posicionadas em frente ao centro religioso em 2022 – mais de 10 anos após a morte do clérigo, a quem as mensagens fazem referência.

“Ele odeia o Dom Manoel como se este estivesse ainda vivo”, disse ao Portal 6 uma das pessoas ligadas ao Padre Toninho, que optou por se manter anônima.

Imagem mostra uma série de placas com mensagens em frente a um mosteiro. (Foto: Reprodução)

O instituto do religioso também possui um perfil online para divulgar a versão da história pela ótica do missionário, além de diversas teorias da conspiração.

Uma das fontes ouvidas pela reportagem, que também solicitou anonimato, destacou que Toninho parece sofrer de alguma condição intelectual.

“O padre Antônio deve ter algum transtorno mental, pelas cartas [no site] você percebe algum delírio persecutório”, afirmou.

Atualmente, o padre continua realizando pregações nos conventos que coordena, acompanhado de um grupo de fiéis fervorosos e também de segurança armada, que protege dia e noite não apenas as instalações, como também as polêmicas placas.

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