Polícia Civil revela resultado da investigação sobre morte de Marília Mendonça

Informações foram repassadas durante uma coletiva de imprensa concedida em Ipatinga

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Marília Mendonça e o avião onde estava. (Foto: Reprodução)

O inquérito que investiga as causas e circunstâncias envolvendo o acidente de avião que causou a morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas, no dia 05 de novembro de 2021, foi concluído pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta quarta-feira (04).

As informações foram repassadas durante uma coletiva de imprensa, concedida em Ipatinga, no Vale do Rio Doce, e divulgadas pelo site BHAZ.

De acordo com o delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes, tanto o piloto quanto o copiloto do voo, Geraldo Medeiros e Tarcísio Viana, também mortos na queda, possuem responsabilidade sobre o acidente, uma vez que ambos não checaram previamente a possível presença de torres e antenas no trajeto da aeronave.

“Na medida que as provas foram sendo produzidas a gente caminhou para uma imprudência dos pilotos que gerou a queda. É fato que a aeronave se chocou com a torre, que não era sinalizada. É fato que a torre não sinalizada prejudicou os pilotos, mas era obrigatório que essas torres eram sinalizadas? Não, não era, por conta da altura delas”, disse.

Ainda, segundo o delegado, os pilotos teriam desrespeitado o manual do avião ao saírem da zona de proteção. Devido a morte dos dois, o inquérito foi arquivado.

“O manual estipula qual a velocidade dessa aeronave deve fazer na ‘perna do vento’. O que ficou evidenciado é que os pilotos ultrapassaram, não respeitando o que o manual da aeronave dispõe. Eles saíram da zona de proteção e qualquer responsabilidade de qualquer obstáculo que aparecesse cabia aos pilotos observar”, destacou.

Em contrapartida, um relatório final divulgado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em maio deste ano, afirma que não houve falha humana ou mecânica e que os cabos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) serviram de obstáculo para o avião.

Conforme aponta o documento, as decisões tomadas pelos pilotos “não demonstraram erro” e a altura da aeronave estava dentro dos padrões.

Vale lembrar que Marília Mendonça faleceu aos 26 anos, após ser vítima de uma queda de avião enquanto era transportada de Goiânia até Minas Gerais, onde ela realizaria shows em ao menos duas cidades.

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