Comunidade palestina em Anápolis revela temor pelos familiares em meio ao conflito

"Tenho tios, primos e sobrinhos que moram lá e estão apavorados, a situação caminha para um massacre", afirmou representante

Samuel Leão Samuel Leão -
Comunidade Islâmica se reúne na Mesquita, em Anápolis. (Foto: Samuel Leão)

O conflito entre Israel e Palestina, principiado após ataques arquitetados pelo grupo paramilitar Hamas, tem sido foco de atenção por todo o globo, principalmente pela dimensão da guerra que se instaurou, vitimando pessoas de ambos os lados.

A preocupação, inclusive, já chegou em Anápolis. Ao Portal 6, o presidente da Sociedade Islâmica de Anápolis e representante da comunidade palestina no município, Fuad Mohamad Allan, relatou o cenário de pavor que alguns familiares estão vivenciando.

“Tenho tios, primos e sobrinhos que moram lá e estão apavorados. Ontem mesmo conversei com a minha sobrinha, e ela comentou que já estão acontecendo várias retaliações. O Estado de Israel tem um dos exércitos mais potentes do mundo, já a Palestina mal tem condições de ataque, a situação caminha para um massacre”, opinou.

Fuad ainda pontuou que, tanto ele quanto a comunidade, não apoiam nenhum tipo de violência ou ataque, e que teme a possibilidade de uma reação desmedida por parte de Israel: “seria desastroso para nossos conterrâneos”.

Além disso, ressaltou que a ideia da guerra ser religiosa é “uma ilusão”, visto que a Palestina possui cidadãos das mais variadas crenças e credos.

“A maioria das pessoas pensa que é uma guerra religiosa, entre judeus e palestinos, mas na realidade é uma guerra entre dois países que estão brigando por território. Desde 1947, quando a Palestina ainda era governada pelo Império Britânico, houve uma aliança com o estado sionista e, através da ONU, houve uma separação de 55% da terra para Israel e 45% para a Palestina. Mas isso não aconteceu, e o território dos árabes vem sendo reduzido e incorporado”, explicou.

Por fim, o líder destacou que a comunidade está tremendamente preocupada com os parentes e familiares que vivem na região, uma vez que até mesmo a entrada de combustível e alimentos já foi bloqueada, além dos apagões na energia e cortes no abastecimento de água.

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