Irmã de jovem assassinada em emboscada comenta condenação de envolvidos: “não vai trazer ela de volta”

Envolvidos na morte de Rafaella Batista dos Santos foram condenados pela Justiça em Anápolis

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Rafaella Batista dos Santos foi morta aos 22 anos, em Anápolis, em 2020. (Foto: Arquivo Pessoal/Polyana Cristina dos Santos)

“Cada um foi julgado pelo o que fez, recebeu uma punição e a Justiça foi feita. Mas é uma coisa que não vai trazer ela de volta, não tem como ser revertido”.

Essas foram as palavras de Polyana Cristina dos Santos, irmã de Rafaella Batista dos Santos, após a condenação dos envolvidos na emboscada que culminou na morte da jovem, aos 22 anos, ainda em 2020.

Ao Portal 6, a cabeleireira, de 39 anos, afirmou que acompanhou todo o julgamento do trio, ocorrido nesta quinta-feira (19), no auditório do Fórum de Anápolis.

No entanto, ela destacou que, mesmo após a aplicação da pena contra o grupo, o sentimento que realmente ficou foi a dor.

“Você relembra tudo, vendo as pessoas que fizeram esse crime. Eles decidiram tirar a vida de uma pessoa como se não fosse nada. Mas a Rafaella tinha uma família que amava e prezava por ela. Ela tinha mãe, pai, irmã por ela. Ela tinha uma história, sonhos, projetos para a vida dela. E isso não vai ter volta”.

Polyana explicou ao Portal 6 que a irmã morava com ela desde os 10 anos de idade e que ambas possuíam uma relação muito próxima.

“Pela nossa diferença de idade, ela era praticamente uma filha que nunca tive. Mas, ao mesmo tempo, ela era minha irmã. Nós contávamos tudo uma pra outra. Foi uma perda que me destruiu mesmo”, disse.

A cabeleireira comentou também sobre a revolta que sente por um dos envolvidos, Raphael Fonseca de Freitas, ser um amigo de Rafaella.

“Ele morou por volta de três meses na minha casa, estava sem ter onde morar e deixamos ele ficar. Ele era uma pessoa que se dizia um amigo, um irmão, que faria tudo por ela. Ele comia com a gente, tinha roupa lavada, fizemos de tudo para ajudar. Mas mesmo assim, ele foi o ‘cabeça’ da maldade. A covardia foi muito grande”.

No próximo dia 27 de outubro, se completarão três anos da morte da jovem. Entretanto, Polyana disse que é impossível de se esquecer da irmã e que, mesmo aprendendo a lidar com a dor, é um sentimento que vai lhe acompanhar até o final da vida.

“[Depois que a pena dos envolvidos for cumprida] Eles vão sair, ter uma vida normal. A Rafaella não, não vai ter a vida dela de volta. A dor vai continuar”, concluiu.

Sentença

Portal 6 teve acesso ao documento que definiu a condenação para cada membro do trio, assinado pelo juiz Bruno Leopoldo Borges Fonseca. Todos foram julgados por homicídio duplamente qualificado.

Elizeu Pereira Gouveia foi condenado a 14 anos e sete meses de reclusão. Ele confessou a autoria dos disparos que tiraram a vida de Rafaella.

Pedro Henrique dos Santos Ferreira, que já tinha antecedentes criminais e identificado como mandante do crime, recebeu uma pena de 27 anos de prisão.

Por fim, Raphael Fonseca de Freitas foi sentenciado a 21 de detenção. Ele foi responsável por atrair a amiga para a emboscada e fornecer a arma de fogo utilizada na ocasião.

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