De férias em Nova York, médicas goianas salvam a vida de turista que sofreu parada cardíaca em aeroporto

Foram cerca de 30 minutos realizando massagem cardíaca sem parar até que os paramédicos chegassem

Davi Galvão Davi Galvão -
Médicas goianas salvaram um passageiro que teve uma parada cardiorrespiratória no aeroporto de Nova Iorque. (Foto: Reprodução)

Quando desembarcaram em Nova York, a caminho do casamento de uma conhecida em Boston, a última coisa que as médicas goianienses Gyselle Bessa, de 46 anos, e Kamilla Prudente, 34 pensaram é que iam ter que “dar uma pausa” nas férias e utilizar dos conhecimentos profissionais para salvar uma vida de forma inesperada.

Mas acontece que, enquanto aguardavam na fila de imigração do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, nesta segunda-feira (23), escutaram ao longe pedidos de socorro e prontamente foram ver do que se tratava.

Em entrevista ao Portal 6, Gyselle conta que outro passageiro, também brasileiro, teve uma parada cardiorrespiratória e estava inconsciente, no chão e sem apresentar pulso.

Foi ela quem, sem pensar duas vezes, deu início ao atendimento com a vítima. Kamilla, que estava cuidando das bagagens, estranhou a demora da amiga e foi ver o que estava acontecendo.

“A sorte foi que ela [Kamilla] também tinha aproveitado a viagem para atender um paciente que mora aqui nos EUA, por isso ela estava trazendo na bolsa vários equipamentos, oxímetro, estetoscópio, tudo fez a diferença”, relembrou Gyselle.

Em meio a toda essa cena de filme, a esposa da vítima explicou às duas médicas que o marido tinha um quadro de saúde complicado e fazia uso de marca-passo.

“Foram cerca de 30 minutos com a gente fazendo a massagem cardíaca sem parar até que os paramédicos chegassem. A gente ajudou a colocar o oxigênio e posicioná-lo”, afirmou, acrescentando ainda que o paciente saiu do aeroporto inconsciente, porém estável.

Atualmente, ambas as médicas atuam na área pediátrica, mas Gyselle contou que já tem 10 anos de experiência no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e cinco anos no helicóptero do Corpo de Bombeiros, logo, já está acostumada com ocorrências mais urgentes.

Apesar disso, ela admite que o momento a marcou bastante, visto que estava completamente fora do horário de trabalho e que tudo aconteceu de forma muito rápida e inesperada.

“Não estava de forma alguma esperando, mas mesmo assim, com toda essa adrenalina, não tem sentimento melhor do que salvar uma vida”, declarou, por fim.

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