Com muita garra e dedicação, anapolino garante vaga no campeonato internacional de jiu-jítsu, em Abu Dhabi

Ao Portal 6, atleta detalhou mais sobre o preparo para a competição e desafios que teve de percorrer, principalmente pela falta de apoio do município

Davi Galvão Davi Galvão -
André Luiz de Oliveira foi selecionado para o mundial de Jiu-jítsu (Foto: @alinepereiraclicks)

Base firme, foco e muita garra. Foi com esses conceitos que o anapolino André Luiz de Oliveira, de 31 anos, conseguiu se classificar para o campeonato internacional de jiu-jítsu, em Abu Dhabi – capital dos Emirados Árabes Unidos – onde apenas os maiores atletas do esporte conseguem chegar.

Apesar de já ter competido em diversos outros torneios, levando inclusive o título de campeão brasileiro deste ano na categoria peso pesado e absoluto, o lutador afirma que este será o evento mais importante da carreira.

Em entrevista ao Portal 6, André contou que chegou ao país nesta quarta-feira (1º), e está passando os dias na casa de um amigo, em preparação para a primeira etapa do mundial, que ocorre já na segunda (06).

“Graça a Deus venho num ritmo forte de competição e treinamento esse ano, as expectativas estão muito altas”, garantiu.

Ao menos no que depender de experiência, o anapolino não tem motivos para se preocupar. Isso porque, desde a adolescência, se dedica de corpo e alma aos treinamentos e em uma única missão: lutar com os melhores.

“Foi com 13 anos que tive o primeiro contato com o jiu, em um centro de treinos lá da cidade [Anápolis] mesmo, aí depois de uns três anos eu entrei na Gracie Barra, onde estou até hoje”, relembrou o atleta.

De lá para cá, a experiência e vivência na arte só fez aumentar. Atualmente na segunda graduação da faixa preta, André conta que sempre esteve imerso no cenário de torneios e competições, ainda que sem o apoio da prefeitura.

André com as medalhas de peso pesado e na categoria absoluto. (Foto: Reprodução)

Mesmo em uma viagem tão importante para o cenário do esporte anapolino, o lutador revela que não houve, em momento algum, apoio da administração do município.

“Minha família não é rica, mas sempre me apoiou. Tenho uma esposa que também me apoia em tudo no jiu-jitsu. A Prefeitura mesmo nem o Bolsa Atleta eu consegui pegar por conta da burocracia”, afirmou.

Como consequência, custos de inscrição para torneios, do treinamento, acompanhamento médico e de suplementos tem de partir do próprio bolso e da benfeitoria de colegas.

Apesar disso, André garante que todos esses desafios apenas o fortaleceram e aumentaram a determinação necessária para chegar no topo.

O foco agora está totalmente voltado para as lutas de segunda-feira, que definirão quais brasileiros irão passar para a próxima etapa do mundial.

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