Família e advogado de Jehan Paiva lamentam adiamento: “saímos do interior para ter um julgamento justo”

Dezenas de pessoas se mobilizaram para o Fórum de Anápolis, vindos de Pilar de Goiás e outras cidades do estado

Samuel Leão Samuel Leão -
Mobilização para o Júri Popular do caso Jehan Paiva. (Foto: Samuel Leão)

“Nós saímos do interior, a família do Jehan saiu do interior para ter um julgamento justo aqui em Anápolis, apesar do retardo de 10 anos”. É assim que o advogado da família de Jehan Paiva, Eduvirgem da Silva, lamenta o resultado do que seria um Tribunal do Júri, adiado nesta terça-feira (07).

Há 10 anos, a família do jovem de 21 anos – assassinado em 2013 durante uma festa universitária – aguarda por um desfecho, em busca de justiça.

Agora, após as ausências tanto da promotora Camila Fernandes Mendonça quanto do advogado de defesa, a década de espera se estenderá ainda mais, já que o julgamento foi remarcado para o dia 25 de março de 2024.

“Independente de qualquer ato que vier procastinar ou retardar o julgamento, nós temos a plena ciência que ele será condenado por esse corpo de sentença. Através de um mero e irrelevante copo de chopp, ele cessou covardemente a vida do Jehan, uma discussão banal em uma fila”, afirmou o advogado de acusação, em entrevista ao Portal 6.

A melancolia e ansiedade que pairavam no ar, por volta das 08h30, quando o julgamento teria início, ganhou novos contornos poucas horas depois – umedecidos por lágrimas, principalmente dos pais de Jehan – que, após se mobilizarem por meses com outdoors, placas e campanhas nas redes sociais à espera do julgamento, foram obrigados a aguardar novamente.

“Estamos agora deixando aqui o Fórum de Anápolis e retornaremos dia 25 de março, com toda a esperança de que a justiça aconteça, e que essa assassino seja punido, condenado da forma que ele merece”, desabafou Joyce Paiva, irmã do jovem, também em entrevista à reportagem.

Em tempo

Dezenas de pessoas se mobilizaram para o julgamento, vindos de Pilar de Goiás e outras cidades do interior, apenas para acompanhar o desfecho do caso. Cartazes, adesivos e camisetas mostravam qual era o ideal comum a todos.

Amparando o casal de pais, José e Helena Paiva, amigos, familiares, parentes e colegas da faculdade se fizeram presentes. Apesar da preparação para o momento, com a divulgação em meios de comunicação, placas e outdoors, a espera seguirá por mais quatro meses.

*Colaborou Caio Henrique.

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