Cerca de 60% dos furtos e roubos de Anápolis acontecem no Jundiaí; saiba quais outros bairros são mais afetados

Portal 6 buscou mais informações junto à PM, para entender a atual realidade do município

Samuel Leão Samuel Leão -
Vista aérea do Jundiaí, na região da Avenida São Francisco. (Foto: Samuel Leão)

Entre os registros de crimes ocorridos em Anápolis, furtos e roubos seguem liderando os casos, especialmente em algumas regiões da cidade.

Segundo a Polícia Militar (PM), diversos fatores resultariam em tal realidade, principalmente nos bairros Jundiaí, Calixtolândia e Centro – principais afetados pelas ocorrências do tipo.

O Portal 6 colheu dados com o 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que atua nessas e em outras áreas. A corporação expressou uma redução nas ocorrências em abril, apesar do cenário geral ainda ser crescente.

“Anápolis se tornou uma cidade muito atrativa para pessoas em situação de rua e usuário de drogas. Infelizmente, esse perfil costuma realizar furtos e roubos, feitos para custear as substâncias e a sobrevivência deles, alguns realizam vários ao dia”, explicou.

Atualmente, cerca de 60% e todos os crimes que ocorrem na cidade se passam no Jundiaí e, em maioria, seriam delitos menores. Apesar da ação dos militares, esse tipo de ação costuma resultar em poucos dias de prisão, e, assim, os criminosos voltam rapidamente para as ruas.

“Tivemos uma redução de 56% nos roubos a transeuntes em abril, que eram as piores ocorrências pelo uso de violência. Já os furtos a veículos caíram 67%, e o furto a transeunte 62%. Felizmente, não tivemos homicídios nesse mês, mas os furtos a comércios e residências seguem em uma média estável desde o ano passado”, contou.

Foi explicado ainda que a maioria dos crimes não são de natureza complexa e violenta, o que configura uma fase positiva. Entretanto, o aumento dos delitos leves acende um alerta, e seria crescente, inclusive com a vinda de pessoas de diversas regiões do país.

Alguns militares relatam terem cadastrado 200 pessoas em situação de rua em um curto período de tempo, dos quais cerca de 70% teria passagens pelos crimes de furto, roubo e homicídio.

“Além do Jundiaí, atendemos também a Calixtolândia, na região dos motéis, onde encontramos muitos usuários. E também, na área do 28º Batalhão, a região Central completa essa tríade de lugares mais afetados”.

Caso à parte

Recentemente, o Portal 6 compartilhou o caso do “Capacete”, jovem responsável por uma série de furtos em Anápolis. Desde o final do ano passado, mais de 10 ocorrências de furto já tiveram a responsabilidade atribuída a ele.

“O caso do Capacete é peculiar, porque ele é um furtador contumaz e não tem limites, quando resolve furtar faz dois ou três por noite. Na última vez que ele foi preso, após o roubo da conveniência, descobrimos que ele tinha furtado um salão de beleza, com a mesma roupa, na mesma noite”, contou o Major Rodrigo à reportagem.

O militar ainda expressou que o criminoso estaria sendo acompanhado há muito tempo, e foi preso diversas vezes. No entanto, prisões por furto costumam durar poucos dias, motivo para ele retornar às ruas.

“É o maior ladrão que tem na cidade. Já o prendemos uma vez antes, e seriam cerca de 12 furtos realizados por ele, é uma situação bem complicada. A última notícia que tivemos ele ainda estava preso, mas não podemos confirmar se essa prisão não foi revogada”, finalizou.

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