Trânsito caótico de Goiânia faz empresários pedirem socorro

Contabilizando frota maior do que o número de habitantes, capital trava em uma dificuldade de locomoção que não só incomoda os motoristas, como também emperra o comércio

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Reunião se deu na Acieg, no Setor Oeste (Foto: Maria Luiza Valeriano/Portal 6)

Aos 90 anos de idade, Goiânia vem enfrentando um problema muito presente em grandes capitais: o excesso de veículos no trânsito.

Contabilizando uma frota maior do que o número de habitantes – conforme o IBGE – a cidade trava em uma dificuldade de locomoção que não só incomoda os motoristas, como também emperra o comércio.

Diante desse cenário, empresários goianienses se reuniram com representantes da Secretaria Municipal de Mobilidade de Goiânia (SMM) nesta segunda-feira (13), pedindo para que seja feita uma avaliação do trânsito do município.

Dentre os pontos levantados no encontro, destacou-se a necessidade de sincronização de sinaleiros, locais exclusivos para embarque e desembarque em frente a hotéis, ampliação dos horários do transporte público para atender trabalhadores noturnos e intervenções em vias específicas, como as avenidas Jaraguá e Castelo Branco.

“Queremos ter a oportunidade de sermos ouvidos”, destacou o vice-presidente da Associação Goiana de Supermercados, Gilberto Soares, à jornalista Maria Luiza Valeriano, do Portal 6.

O dirigente destacou que o setor de supermercados é um dos maiores geradores de fluxo de pessoas, o que resulta em maior necessidade de um plano de mobilidade efetiva.

Para a presidente da Associação de Lojistas de Campinas, Margareth Sarmento, a capital enfrenta um sério problema de sinalização.

“Isso impacta em um trânsito totalmente tumultuado [em Campinas] e na preguiça das pessoas de participar do bairro”, apontou à reportagem.

Margareth afirmou, ainda, que o mesmo problema afeta severamente outros bairros, como o Bueno, Nova Suíça e Jardim América.

“Tem 60 dias que perdi o meu marido, vítima de trânsito, num cruzamento, por falta de sinalização”, destacou.

O diz a SMM

“A SMM vai estudar todas as demandas, vai fazer um estudo técnico e vamos achar a solução para todas”, disse o secretário executivo da pasta, Ciro Meireles.

Entre as propostas que devem ser implementadas, o dirigente destacou a instalação de semáforos inteligentes para proporcionar a sincronização e digitalização da área azul, de forma que seja possível conferir a disponibilidade de estacionamento virtualmente.

Quanto ao prazo para o início dos trabalhos, a promessa é de que as primeiras análises preliminares sejam publicados ainda em novembro, para que os processos licitatórios comecem.

Expectativas

De acordo com o vice-presidente da Associação Comercial Industrial e Serviços de Goiânia (Acieg), Leandro Resende, para além das melhorias que pedem para serem implementadas a capital, é necessário que haja uma educação e divulgação a respeito das mudanças.

“Quando se faz uma intervenção, é importante que aconteça um trabalho de divulgação, para que aquele processo seja compreendido pela comunidade. Quando isso não acontece, temos o mau uso daquele processo de mudança que foi pensado por quatro, cinco meses, pelos engenheiros de trânsito”.

Esta seria a primeira de dez reuniões iniciais, que serão realizadas com representantes de diferentes setores. Segundo Leandro Resende, a meta é conseguir manter a comunicação aberta, com reuniões trimestrais.

“O trânsito é um organismo vivo e a cidade tem que acompanhar”, concluiu o vice-presidente da Acieg.

* Com colaboração de Augusto Araújo

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