Pastor goiano acusado de aplicar golpe e prometer quatrilhões é condenado a 27 anos de prisão

Ele também terá que indenizar as vítimas no valor total de R$ 2,6 milhões, mais juros

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Pastor Osório José Lopes Júnior é suspeito de liderar organização criminosa. (Foto: Reprodução/YouTube)

Acusado de aplicar golpes milionários contra fiéis e de prometer até quatrilhões a uma vítima, o pastor goiano Osório José Lopes Júnior, de 43 anos, foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado. A decisão cabe recurso.

Conforme a sentença, emitida pela juíza da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, Placidina Pires, na quinta-feira (07), o líder religioso terá que indenizar nove vítimas no valor total de R$ 2,6 milhões, mais juros de correção monetária desde maio de 2018.

Ele também deverá pagar 117 dias-multa, no valor unitário de 2/30 do salário mínimo, além de ter os direitos políticos suspensos.

Em contrapartida, o pastor Alencar Santos Buriti, de 59 anos, e o comerciante Adilson Ney Lopes, de 58, que estavam sendo acusados por estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, em conluio com Osório, foram absolvidos.

Segundo a magistrada, não foram encontradas provas suficientes e necessárias para a condenação dos dois envolvidos pelo crime de estelionato.

Já em relação a Osório, a autoridade afirmou não ter dúvidas de que o pastor tinha a “intenção de prejudicar as vítimas” uma vez que ele induzia os fiéis a lhe darem dinheiro, imóveis, lotes e entre outros.

Durante a investigação, foi descoberto que Osório prometia pagar as pessoas que “emprestavam” a quantia a ele em valores até 100 vezes mais alto do que os que haviam sido repassados.

Ele ainda afirmava que tinha supostos títulos de dívida agrária (TDA) com valores bilionários que teriam sido doados por um empresário do Tocantins, após o líder religioso curar a filha do profissional.

Por isso, ele dizia que necessitava dos recursos das vítimas para fazer o resgate dos mesmos. No entanto, durante o processo, Osório alegou que o dinheiro que receberia viria de títulos financeiros chamados “pet shiller” e que não poderia repassar informações sobre o resgate.

Os golpes teriam sido aplicados entre novembro de 2013 e junho de 2014, contra moradores de Leopoldo de Bulhões, onde o acusado tinha uma igreja na época, além também de Goianésia.

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