Saiba os detalhes de mega furto em joalheria de Goiânia que envolveu roteiro de filme e fuga de rapel

Grupo planejou toda a ação com antecedência e chegou a trocar as placas do veículo de fuga três vezes durante o percurso até São Paulo

Samuel Leão Samuel Leão -
Grupo é preso após furtar joalheria e fugir de rapel. (Foto: Divulgação)

O furto cinematográfico de uma joalheria, ocorrido no Setor Bueno, em Goiânia, surpreendeu as autoridades pela complexidade da ação. Na madrugada da última segunda-feira (18), dois homens desceram de rapel do 11º andar após arrombarem um cofre e levarem joias.

Em entrevista ao Portal 6, o coronel Marcelo Granja, do Comando de Policiamento da Capital, revelou que o grupo atua em São Paulo e já havia arquitetado toda a ação.

“Eles haviam alugado uma casa em Aparecida de Goiânia no dia 06 de dezembro, onde teriam se preparado. No dia 15 furtaram joias em uma casa no Setor Sul e, na madrugada de segunda (18), invadiram a joalheira. Eles ficaram no prédio até ele fechar e depois saíram de rapel, descendo 11 andares”, detalhou.

Apesar do sucesso, a ação não foi tão lucrativa, pois a proprietária estava realizando reformas e, por isso, os produtos não estavam todos no cofre.

Ainda segundo o oficial, eles teriam arrombado a parede de um clínica de psicologia para adentrar a joalheria. Na loja, arrombaram o cofre e picharam as câmeras de segurança, saindo do local por volta das 06h da manhã.

“Identificamos os locais onde eles teriam passado e descobrimos que estavam indo para São Paulo, pois fomos informados de uma associação criminosa que tem esse tipo de prática oriunda de lá. Fizemos contato então com a inteligência do estado”, complementou.

Os suspeitos fugiram em um Nissan Kicks de cor vermelha, no qual levavam materiais como as lanternas utilizadas no furto, luvas, o spray e, é claro, as joias furtadas.

As autoridades só não conseguiram interceptá-los ainda em território goiano porque eles trocaram as placas do carro ao menos três vezes durante o percurso, utilizando registros clonados de carros idênticos ao utilizado na fuga.

“Eles foram presos e já têm passagem por furto. No entanto, esse crime, mesmo com valores altos, se enquadra na mesma proporção que um furto de celular aos olhos da Justiça. Infelizmente, é possível que eles respondam em liberdade”, lamentou o coronel.

A prisão foi feita em uma ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar (PM) de São Paulo e de Goiás. As corporações ainda emitiram imagens do caso, que registram os suspeitos nos arredores do prédio e dentro da loja, onde quebraram o cofre e a parede.

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