Delegado de Anápolis revela detalhes da operação que prendeu suspeitos de aplicar golpes de sorteios milionários

Durante as investigações, os agentes visitaram duas fazendas de luxo e encontraram um dos líderes em um apartamento de alto padrão no Setor Bueno

Samuel Leão Samuel Leão -
Imagem mostra policiais que trabalharam na Operação Las Vegas. (Foto: Divulgação/PCGO)

Com um total de 9 pessoas presas preventivamente, a Polícia Civil (PC) realizou, nesta segunda-feira (08), uma coletiva de imprensa para apresentar detalhes da Operação Las Vegas. A força-tarefa investigou 4 empresas, com sedes em Goiânia e Anápolis, que realizavam sorteios fraudulentos.

Ao Portal 6, o delegado Luiz Carlos Cruz apontou que os suspeitos devem responder por estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

“Foram presas 5 pessoas de Anápolis e 4 em Goiânia, dentre elas 3 mulheres. O grupo tinha sede em Anápolis e Goiânia, mas vendia os títulos de capitalização, que seriam as cartelas para os sorteios, não só no Brasil mas no mundo inteiro, via internet”, revelou.

Dentre as empresas investigadas, estão a Ana Prêmios e a Ana Brasil de Prêmios (já extintas), além da Rede de Prêmios e a Vitrine de Prêmios. No total, foram bloqueados bens avaliados em mais de R$ 27 milhões.

“Eles providenciavam ganhadores de fachada, que se apresentavam como ganhadores mas que nunca colocavam o dinheiro no bolso, de modo que as empresas não entregavam os prêmios anunciados. Até famosos faziam propaganda das empresas”, relatou.

Durante as investigações, os agentes visitaram duas fazendas de luxo, pertencentes ao grupo, e encontraram um dos líderes em um apartamento de alto padrão no Setor Bueno, em Goiânia.

“Apreendemos duas armas de fogo, alguns animais silvestres, muito material de propaganda, dezenas de computadores, relógios de luxo, dinheiro em espécie e inúmeros outros objetos que irão nos ajudar a identificar melhor as atividades dessa organização”, completou.

As autoridades ainda irão investigar o envolvimento de famosos na divulgação das práticas, para analisar se tinham conhecimento da fraude e, portanto, participação nos crimes.

 

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