Especialista goiano explica como calcular mesada para filhos de diferentes idades

Assessor de investimentos apontou ao Portal 6 quais são as medidas a se tomar para criar filhos conscientes

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Valor deve ser calculado de forma que não afete as despesas da família (Foto: Reprodução/Freepik)

Crianças sem educação financeira podem se tornar adultos com sérios problemas quando o assunto é dinheiro – uma situação bastante comum, de acordo com o assessor de investimentos da Sicredi Celeiro Centro Oeste, Diogo Marques. Ao Portal 6, o especialista apontou que, para contornar a situação, uma medida efetiva é a de mesada educativa, desde que realizada com alguns cuidados.

“O brasileiro não tem educação financeira, principalmente para o ato de poupar dinheiro. Isso em grande parte por conta de uma falta de orientação dos pais quando crianças”, apontou. Neste contexto, a mesada educativa é implementada como forma de preparar os filhos para a vida adulta.

Porém, não basta entregar o dinheiro e esperar que crianças e adolescentes entendam a importância de um bom gerenciamento. Segundo Diogo, antes mesmo de implementar a mesada, é preciso que o pai ofereça orientações durante compras, converse sobre os custos dos itens e como o dinheiro é limitado.

Para tal, conversas durante as compras do supermercado, por exemplo, são boas oportunidades para um momento de aprendizagem. Vale destacar que tais diálogos podem se iniciar por volta dos 03 anos de idade, quando a criança já deve começar a entender o que é dinheiro, o papel dele e como os produtos são adquiridos, afirmou o especialista.

A mesada, por sua vez, pode começar a ser implementada logo após, aos 04 a 05 anos, sempre como forma do pequeno satisfazer os próprios desejos, até a adolescência. “O que deve entrar para a conta da mesada são os desejos, como brinquedo, passeio, viagem ou jogos, para que sirva de estímulo para que ela poupe para algo que queira no futuro”.

Como calcular

Quanto ao valor, o assessor de investimentos ressalta que a conta deve ser feita de acordo com a idade da criança ou adolescente, já que, quanto mais velho, maior os custos. Além disso, é necessário que a quantia seja compatível com a renda familiar, de forma que não impacte as despesas.

Com isso, um cálculo que pode ser usado para chegar a um valor é o de R$ 1 a R$ 5 por semana, multiplicado pela idade do filho. Portanto, uma criança de 10 anos pode receber entre R$ 40 e R$ 200 ao mês, considerado o período ideal. A quantia, inclusive, pode estar atrelada ao cumprimento de responsabilidades, como arrumar a cama ou tirar boas notas, como forma de estimular o senso de esforço e recompensa.

Período ideal

Embora seja de escolha dos pais, ao analisar o perfil do filho, decidir se a entrega seria realizada a cada semana, quinzena ou mês, Diogo destaca que o valor deve ser contabilizado de forma mensal. “A criança deve ter a ciência de quanto vai ganhar para ela poder se organizar”, explicou.

No caso de crianças pequenas, como a idade coincide com o aprendizado da matemática, é especialmente interessante que a mesada seja entregue em dinheiro físico, por meio de notas e moedas. Com isso, ela poderá compreender, na prática, o que significa 10 centavos ou 10 reais.

Durante todo o mês, é essencial que os responsáveis continuem orientando os filhos sobre a importância de gastar sabiamente, fazendo o balanço de custo e benefício. “Isso ajuda crianças e adolescentes a construírem uma relação saudável com o dinheiro e a virar um adulto que melhor gerencia as finanças”, finalizou.

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