Pela primeira vez, Goiás sofre com surtos de Dengue e Chikungunya ao mesmo tempo

Cenário inédito de crescente de diagnósticos de cada doença acontece de forma diferente nas regiões

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Mosquito Aedes Aegypt, responsável por transmitir a doença. (Foto: SES-GO)

Pela primeira vez, Goiás enfrenta simultaneamente duas epidemias de doenças infecciosas transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. No estado, casos de Dengue e Chikungunya apresentaram uma crescente neste ano.

O cenário foi revelado durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (1º) na Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES).

Embora aconteçam de forma simultânea, a ampliação dos registros de cada doença varia a depender da região, conforme explica a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim.

“Eu tenho parte dos municípios, principalmente na região Sudoeste, com Chikungunya e existe uma competição viral. Onde tem uma epidemia de Chikungunya não tem de Dengue. […] Então, eu tenho regiões com elevação de casos de Chikungunya e várias outras com elevação de casos de Dengue”, diz.

De um lado, conforme dados do boletim epidemiológico, o estado apresenta um total de 11.294 diagnósticos confirmados de Dengue neste ano frente a 19.569 notificados.

O panorama se equipara à situação vivenciada em 2022 – ano em que Goiás teve o maior número de casos de dengue no Centro-Oeste, sendo 214,7 mil – com 4 semanas seguindo acima do limite de registros.

Na outra ponta, estão as confirmações de Chikungunya, com grande incidência de diagnósticos na região Sudoeste. Somente neste ano, já são 737 confirmações da doença frente a 924 registros notificados.

De acordo com Flúvia, a preocupação é que a ampliação dos casos ocasione uma sobrecarga no sistema de saúde, uma vez que a doença possui uma atuação prolongada.

Para se ter uma ideia, mesmo seis meses após a contaminação, pacientes ainda podem sentir alguns sintomas da infecção, que incluem febre, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas pelo corpo, calafrios e entre outros.

“A Chikungunya é uma preocupação porque pode ter uma doença mais prolongada e necessitar mais do serviço de saúde principalmente nessas regiões onde nós estamos vendo esse aumento”, disse.

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