Lula não deve se desculpar, mas auxiliares defendem gesto a Israel contra crise

Desentendimento começou quando chefe do Executivo comparou ofensiva militar de Israel sobre Gaza ao Holocausto judeu

Folhapress Folhapress -
Apenas quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) concentram, sozinhos, 87% da dívida consolidada líquida (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

MARIANNA HOLANDA E ANA POMPEU

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe na manhã desta segunda-feira (19), no Palácio da Alvorada, o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, e o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, para discutir a crise com Israel.

A reunião com os dois conselheiros começou por volta das 10h30 e não havia terminado até o fim da manhã. Auxiliares dizem que Lula não deve pedir desculpas, mas defendem algum tipo de gesto diplomático para arrefecer os ânimos.

O desentendimento começou na véspera, quando o chefe do Executivo comparou em uma entrevista coletiva na Etiópia a ofensiva militar de Israel sobre Gaza ao Holocausto judeu.

Na sequência, o Ministério das Relações Exteriores do governo de Binyamin Netanyahu declarou o líder brasileiro “persona non grata” O chanceler Israel Katz afirmou, em mensagem ao lado di embaixador do Brasil no país: “Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse.”

Lula está em viagem à África e passou pelo Egito e Etiópia. O presidente concluiu no domingo (18) a agenda de cinco dias na região. A ação militar de Israel na Faixa de Gaza foi o tópico central da viagem, constando em todos seus discursos, além de ser tema da maioria de suas reuniões bilaterais.

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