Dois a cada três casos de agressões contra mulher em Goiás acontecem dentro de casa

Estado ocupa o sexto lugar no ranking nacional

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
(Foto: Divulgação)

O estado de Goiás não é seguro para mulheres. É o que aponta o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, que identificou não só números altos de agressões e assédio contra a mulher, como também o aumento destes casos nos últimos anos.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, apontam que o local mais perigoso para o grupo é justamente onde se espera segurança: o lar.

De acordo com o levantamento, 98 mil mulheres foram vítimas de violência física no estado, sendo que dois em cada três casos ocorreram dentro de casa (66,6%).

Quanto ao número de homicídios femininos, o Anuário destaca que foram 137 casos, enquanto 56 foram vítimas de feminicídio, um aumento de 2,4% em comparação com o ano anterior. O número significa que, em 2022, 40,9% das mortes intencionais femininas foram em decorrência do gênero.

O cenário de tentativas é ainda mais chocante. Um total de 532 quase tiveram as vidas ceifadas, sendo que 168 sofreram tentativa de feminicídio.

Em termos de lesão corporal, o estado é um dos líderes em casos de violência doméstica, tendo registrado 11.206 ocorrências – 2,6% a mais que em 2021. Com isso, ocupou o 6º lugar no ranking nacional.

Além disso, 26.217 foram vítimas de ameaça, 1.773 sofreram violência psicológica e 3.207 foram vítimas de estupro e estupro de vulnerável. Vale destacar que, em todas as categorias, Goiás apresentou números maiores em relação ao ano anterior.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que foram os maiores níveis de vitimização por agressão e assédio desde a primeira edição da pesquisa, de 2017.

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