Mercado imobiliário mira decisões femininas na hora da compra em Goiânia

Chefes de família são público-alvo de imobiliária formada totalmente por mulheres

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Mulheres buscam confiança na hora de fechar negócios (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Goiânia)

Metade dos negócios imobiliários em Goiânia são fechados pelo posicionamento feminino – seja pela opinião e tomada de decisão, seja fruto da renda. É o que aponta a líder de uma equipe totalmente formada por gestoras e corretoras, Maria Rosa Martins.

Já tradicionalmente encarregadas de cuidados do lar, mulheres agora compõem grande parcela das decisões sobre qual lar comprar, alugar e vender. Além de sentar à mesa, elas também são, inclusive, responsáveis pelo aporte financeiro.

“Nós notamos pelo nosso sistema interno que dobrou a presença feminina do ano de 2022 para o ano de 2023”, apontou Maria Rosa, líder da URBS Donna, que não atende somente mulheres, mas as tem como público-alvo.

“A mulher sempre teve um peso muito grande na decisão de compra dos imóveis para a família e hoje é cada vez maior. Além disso, temos o aumento das mulheres que são solteiras, bem-sucedidas e têm poder de compra e decisão”, disse a profissional ao Portal 6.

Maria Rosa explica que, para satisfazer as demandas desta clientela, é preciso entender as necessidades e as intenções por trás dos pedidos, assim como oferecer domínio, empatia e, principalmente, confiança.

Entre os pedidos mais comuns, destaca-se a localização dos imóveis. “Que tenha um fácil acesso para as amenidades necessárias para a família, como ao trabalho e escola das crianças”.

Além disso, o lazer assume uma importância especial, sendo que mulheres preferem locais com opções como piscina e academia.

Kenia Reis é uma das clientes que buscam tais características na hora de comprar um imóvel. Já proprietária de quatro residências em Goiânia, todos os locais foram adquiridos com Maria Rosa. Natural de Rio Verde, a escolha da profissional em outra cidade se deu com base na confiança.

Embora as compras sejam feitas em casal, Kenia assume o papel de intermediária e trata diretamente com a corretora. Como o negócio é feito entre duas mulheres, ela aponta que se sente mais confortável, segura e compreendida.

“A mulher é muito criteriosa. Ela entende a outra mulher, fala a mesma língua, tem um olhar mais detalhista para o acabamento, para a planta, o que seria fácil revender, a medida dos quartos. Eu não trocaria de forma alguma por um atendimento com corretor homem”, relatou à reportagem.

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