Adolescente atropelado ficou tetraplégico e permanece em estado grave no HUANA

Itamar Junior andava pela calçada e os ocupantes do veículo preferiram a fuga ao invés de prestar socorro

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo. (Foto: Reprodução)
Atualizado às 09h44 com acréscimo de informação. Delegado Manoel Vanderic assumirá o caso

Itamar Gomes Silva Junior, de 17 anos, voltava do trabalho, na tarde do último sábado (12), quando foi atingido na calçada por um Vectra Elegance, já próximo à casa dele, no Residencial Copacabana, região Sudoeste de Anápolis.

No carro estavam três rapazes, que mesmo vendo o jovem ser arremessado longe contra o portão de uma residência, preferiram a fuga ao invés de prestar socorro.

Itamar Junior foi levado para o Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HUANA) e desde então permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem conseguir mexer nada abaixo do pescoço.

“Os médicos já disseram para a gente que ele está tetraplégico. Nós já esperamos o pior porque ele também sofreu traumatismo craniano e está com a cabeça muito inchada”, detalhou por telefone o pai, Itamar Gomes Silva, de 46 anos, com a voz embargada, à reportagem do Portal 6, na noite deste domingo (13), dia das mães.

Segundo o pai, Vagner Mendes de Jesus, um dos ocupantes do veículo durante o atropelamento, foi encontrado.

“Ele e a família já estavam com as malas prontas para ir embora. O carro estava lá, mas foi retirado antes da gente chegar. Chamamos a polícia e fomos todos para a delegacia. Apenas ele foi ouvido e depois dispensado para ir embora para casa”, disse, em tom indignado.

“Nosso filho está lá agora vegetando. Nós queremos justiça. Ficamos sabendo que depois de atropelarem meu filho, eles foram comprar cerveja para beber e falaram em casa que atropelaram um velho”, emendou.

Itamar descobriu ainda que um rapaz chamado Marcos André estava dirigindo o carro, mas não conseguiu localizá-lo.

“[Ele] fugiu e não pode ficar impune. Meu filho é honesto, nunca caçou problema com ninguém, acordava às 03h da manhã para ir trabalhar [no Ceasa] e estudava à noite. Queria ser policial”, contou.

Em tempo

A reportagem do Portal 6 está tentando falar com o comando do 4ºBPM para saber se Marcos André está sendo procurado pela Polícia. Na Polícia Civil, o caso será assumido pelo titular da Delegacia de Trânsito, Manoel Vanderic.

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