Família de goiana que perdeu tudo nas enchentes do RS faz vaquinha para tentar recuperar prejuízo

Por conta da falta de energia, ela ficou sem dar notícias por horas a fio

Davi Galvão Davi Galvão -
Registros da enchente, que tomou a casa de Liliana. (Foto: Reprodução)

Foram horas de aflição e desespero pelas quais a família de Liliana Rabelo, de 43 anos, teve de passar até finalmente conseguir falar com a parente, que está no Rio Grande do Sul, durante as enchentes, e ficou sem dar nenhum sinal de vida até o final da tarde deste sábado (04).

A mulher, que se mudou para o estado em 2018, se viu sem saber o que fazer quando o carro da Defesa Civil passou pela rua em que mora, em Canoas, cidade vizinha à capital, Porto Alegre, pedindo para que toda a população do local evacuasse.

No desespero, Liliana tentou salvar o máximo de móveis possíveis, colocando-os em cima de cadeiras e se abrigando, no sótão, com o marido e os cachorros.

Porém, os esforços não adiantaram. Em decorrência das fortes chuvas que assolam a região, já pela manhã deste sábado, a água havia tomado completamente a residência, chegando até o telhado.

“Ela perdeu tudo. O carro, todos os móveis, todos os documentos, todas as roupas, não sobrou nada. Sabe o que é isso, tudo o que você tem, desaparecer?”, contou a irmã, Liliane Rabelo, em entrevista ao Portal 6.

Liliane, que está em Goiás, afirmou que, por conta da falta de energia, o celular da irmã descarregou e eles ficaram sem notícias dela por horas a fio, até o final da tarde deste sábado.

“Ficamos imaginando que tinha acontecido alguma coisa ruim, mas hoje de tarde ela ligou para a gente. Um barco da Defesa Civil passou e resgatou ela, graças a Deus”, afirmou, emocionada.

Apesar de Liliana e o marido estarem bens e já em um abrigo, alimentados e fora de maiores riscos, tudo o que contruíram após seis longos anos se perdeu.

“Nem os cachorros eles conseguiram salvar, é de apertar o coração. A farmácia em que ela trabalha, a água tomou tudo, nem emprego ela tem mais”, lamentou a irmã.

Para tentar ajuda-la, nem que ao menos um pouco, a começar a reconstruir a vida que tinha, a família de Liliana está organizando uma vaquinha e conta com o apoio da comunidade goiana, a fim de dar um pouco de esperanças para a conterrânea.

As contribuições podem estar sendo destinadas ao pix (62)98267-6289.

“Sei que não é obrigação de ninguém, não queremos prejudicar a vida de nenhuma pessoa, mas pode ser qualquer valor que não for fazer falta, só para minha irmã poder ter um novo começo”, implorou Liliane.

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