Operação que teve Denes Pereira como alvo teve início em julho de 2023
Grupo burlava licitações realizando ata de registro de preço em outros municípios
![Pedro Hara](https://portal6.com.br/wp-content/uploads/2024/02/Pedro-Hara-96x96.jpg)
![](https://portal6.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Delegado-Francisco-Lippari.jpeg)
Titular da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), Francisco Lippari deu mais detalhes nesta quinta-feira (06), sobre a Operação Transata, deflagrada na manhã da última quarta-feira (05).
Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, sendo um deles contra Denes Pereira (SD), então secretário de Infraestrutura da capital. A celebração de 07 contratos entre a Prefeitura de Goiânia e as empresas investigadas também estão sob suspeita.
Segundo Lippari, a apuração iniciou-se em julho de 2023, após a denúncia de que uma empresa que possuía contrato de R$ 4 milhões com o Paço Municipal, estava registrada no nome de um funcionário, utilizado como laranja. A prática caracteriza crime de falsidade ideológica.
O modus operandi do grupo funcionava da seguinte forma: ao invés de realizar licitação própria, era solicitada a tomada de preços especial. Na prática, a Prefeitura de Goiânia entrava em contato com prefeituras de outros municípios para pedir documentos de processos licitatórios semelhantes – sendo eles Araxá (MG), Canarana (MT), Campo Grande (MS), Pesqueira (PE) e Vitória da Conquista (BA).
“Como regra, sabemos que as contratações devem ser feitas por meio de licitação em alguma modalidade escolhida pela Administração Pública, mas também há a possibilidade de adesão a ata de registro de preços de outros entes. Nesse caso específico, nós vimos que a adesão a essas atas foi uma forma de burlar a necessidade de realização de processo licitatório. E com isso foi favorecido esse grupo empresarial que em tese está envolvido nesse esquema de registro de empresas em nome de laranjas”, explicou o delegado.
A partir de agora a investigação vai se debruçar sobre os documentos apreendidos durante a operação e as quebras de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos. Só será possível saber o papel de cada um no esquema após a conclusão do inquérito.