Especialistas criticam falta de planejamento e infraestrutura em Anápolis

Profissionais discutiram problemas de mobilidade urbana durante debate promovido pelo Portal 6 em parceria com os Estúdios Sigma

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Painel de Discussão: Futuro de Anápolis desta segunda-feira (10) teve como enfoque a Mobilidade Urbana. (Foto: Elvis Diovany)

Na noite desta segunda-feira (10), o Portal 6 deu início ao Painel de Discussão: Futuro de Anápolis, uma série de sabatinas que serão realizadas durante todo o período de eleições municipais em Anápolis de 2024, para discutir os principais desafios e oportunidades na cidade.

O time de convidados foi composto pelo arquiteto Luiz Antônio Rosa e o ambientalista Antônio Zayek, para falar sobre a infraestrutura urbana. Enquanto o engenheiro civil Joaquim Parada, acompanhado de Fernanda Mendonça, que é arquiteta e urbanista, comandaram as discussões sobre a mobilidade urbana.

Luiz Antônio Rosa destacou que Anápolis possui problemas desde a concepção, quando se fala do assunto.

“A raiz do problema de Anápolis é a falta de planejamento em seu ato de surgir como cidade. Não houve planejamento traçado, um pensamento de crescimento”, ressaltou o arquiteto.

“Começamos com vias que inicialmente estavam planejadas para carroças e, agora, lidam com grande fluxo [de trânsito]”, complementou.

Antônio Zaeyk, por sua vez, relatou que é importante pensar em parâmetros a longo prazo, no qual os governantes parecem não estar atentos. “Temos que ter um olhar dinâmico, temos que ter um olhar no futuro”, disse o ambientalista.

Ele também reforçou a ideia de que o município deve se desenvolver mas sem se esquecer de levar em consideração parâmetros de sustentabilidade.

Ainda sobre a internet, Fernanda Mendonça falou sobre a falta de diálogo na própria Prefeitura, assim como a exclusão da população em certos pontos.

“Precisamos pensar em Anápolis de forma global. Precisamos ver a cidade para pessoas, para os automóveis, para o transporte coletivo. Temos que pensar na cidade além dos carros, como isso pode beneficiar a população”, disse.

Joaquim Prada também destacou a falta de um banco de dados internos da cidade, como forma de fomentar os projetos, de modo que nada seja completamente descartado para o próximo que virá.

“Precisamos que os modais conversem. Temos um ecossistema dentro dessa estrutura, é isso que a mobilidade precisa para ser implementada”, atestou o engenheiro.

“Temos que parar de ‘apagar fogo’ e começar a planejar. Sem um plano de modalidade estamos fadados a andar em círculos sem ir a lugar nenhum”, complementou.

*Colaborou Augusto Araújo

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