“Goianiense está com saudade do Partido dos Trabalhadores”, diz Kátia Maria sobre pré-candidatura de Adriana Accorsi
Presidente estadual da sigla e vereadora em Goiânia é a entrevistada desta semana do '6 perguntas para'
Para a eleição deste ano, o PT aposta em ampliar a sua influência tanto em Goiânia, quanto em Goiás. Na capital, os objetivos são dobrar o número de cadeiras na Câmara Municipal e eleger Adriana Accorsi (PT), prefeita da cidade.
Em âmbito estadual, a meta do partido é reeleger três prefeitos que vão disputar o pleito, além de apostar alto em Antônio Gomide (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto em Anápolis.
A intenção foi revelada pela presidente estadual do PT e vereadora, Kátia Maria (PT) ao ‘6 perguntas para desta semana’. Segundo ela, o goianiense sente saudade da administração do partido na capital.
“O goianiense está com saudade do Partido dos Trabalhadores, que já administrou essa cidade por três vezes e sempre muito bem avaliado”, afirmou a presidente.
Em relação a alianças, o PT mantém distância do PL, mas continua aberto a diálogos com outros partidos, apesar das dificuldades com o União Brasil, devido à oposição a gestão de Ronaldo Caiado (UB). Assim como nas eleições de 2022, o objetivo do partido é formar uma frente ampla.
6 perguntas para Kátia Maria
1. Você é uma das vereadoras do PT em Goiânia. Para esta eleição, o partido promete uma chapa com nomes de peso, como o seu, de Edward Madureira e Fabrício Rosa. Quantas cadeiras acha que é possível ocupar na Casa?
Como presidenta estadual do PT, temos feito um forte trabalho em todo o Estado para identificar, estimular e formar chapas fortes e competitivas para vereadores em todos os municípios. Em Goiânia não é diferente. Somos dois vereadores atualmente, eu e o Fabrício Rosa, e temos outros bons nomes na chapa.
Pretendemos fazer de 3 a 4 vereadores aqui na capital. Caso a nossa pré-candidata à prefeitura vença a eleição, essa base será importante na articulação e na aprovação de projetos importantes.
2. O Centro de Goiânia é uma das principais bandeiras do seu mandato na Câmara. Acredita que é possível torná-lo vivo novamente?
Claro! O Viva o Centro é a grande prova disso. Em pouco mais de um ano, já promovemos mais de 200 atividades, levando cultura, serviços, lazer, esporte e vida ao bairro, com 15 edições.
Valorizando as ruas, mercados, bares e restaurantes, comércios e espaços públicos. E o mais importante: O Viva o Centro mexeu com as estruturas da Prefeitura e do Governo Estadual que também passaram a criar projetos e anunciar investimentos no bairro.
3. O PT vai adotar em Goiás a mesma aliança feita com o PSB em nível nacional?
Temos conversado com vários partidos e lideranças de diversos segmentos e, claro, há conversas com o PSB também. A nossa pré-candidata, a deputada Adriana Accorsi, é um nome forte e temos chances reais de vitória.
O goianiense está com saudade do Partido dos Trabalhadores, que já administrou essa cidade por três vezes e sempre muito bem avaliado. Queremos somar por Goiânia. A atual gestão tem destruído políticas públicas, serviços e até mesmo as carreiras dos servidores municipais. Eles precarizam tudo e depois vendem, terceirizam, privatizam. O único projeto que realmente está em execução, da atual administração, é o Liquida Goiânia.
4. Qual o cálculo de prefeituras que o PT espera vencer em Goiás?
O PT tem atualmente três prefeitos em Goiás e todos irão para a reeleição. Além disso, temos candidaturas fortes e competitivas em Goiânia (com a Adriana Accorsi) e Anápolis (com o deputado Antônio Gomide). Mas também temos percorrido o Estado identificando e estimulando outros nomes que possam lançar suas candidaturas a prefeito.
5. Pesquisas recentes mostram que a rejeição de Lula tem aumentado em Goiás. A que se deve esse desgaste?
O presidente Lula pegou o País numa situação muito crítica e tem trabalhado duro para reconstruir o Brasil. Os números da economia mostram que estamos no caminho certo. A inflação caiu, o desemprego caiu, o poder de compra dos brasileiros voltou e investimentos tem sido feitos em diversas áreas e regiões do País. Temos de continuar trabalhando para atender às necessidades da população e melhorar a comunicação das ações do governo para reverter essa imagem. Alguns fatores interferem na avaliação, dentre eles, a polarização política no País e as ofensivas da extrema-direita com fake news e ataques infundados. Assim como a movimentação do Congresso Nacional, em especial a bancada de extrema-direita e o Centrão na Câmara dos Deputados.
6. Além do PL, existe algum partido que o PT não abre conversas para esta eleição?
Com o PL não temos diálogo. Mas o PT é um partido democrático que busca esse princípio sempre. O presidente Lula deixa isso muito claro em seus governos, ao criar uma frente ampla para compor o governo e aprovar os projetos de interesse para melhorar a vida dos brasileiros. Temos esse princípio também. Claro que com alguns partidos, como o União Brasil, a conversa é mais difícil, pois não aprovamos as ações do governador, mas estamos abertos e buscando somar forças em diversos segmentos.