Clínica odontológica de Goiânia é condenada em R$ 60 mil após implante dentário malfeito em paciente

Vítima teria recebido próteses em tamanhos desproporcionais e que chegaram a cair

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Imagem mostra resultado de procedimento em boca de paciente. (Foto: Arquivo Pessoal)

A Justiça de Goiás condenou a clínica odontológica Escola Brasileira de Aperfeiçoamento de Implantes Dentários (Ebide), de Goiânia, a indenizar uma paciente no valor de R$ 60 mil por falhas em implantes.

O caso aconteceu em 2018 e teve a sentença proferida pela juíza da 19ª Vara Cível e Ambiental da Comarca da capital, Alessandra Gontijo do Amaral. A decisão cabe recurso. 

Na época, a mulher teria procurado o local para fazer o procedimento e desembolsado o valor de R$ 10.680 mil. Logo durante o processo, ela não teria ficado satisfeita com o resultado e começado a sentir incômodos. 

Segundo o advogado da vítima, Henrique Rodrigues, as próteses estavam em tamanhos desproporcionais e, devido a estrutura exagerada, a paciente passou a sentir dor, mesmo com a aplicação de anestesia local. 

“Algumas das próteses chegaram a cair, outras ficaram extremamente mal colocadas movimentando de um lado para outro como se o dente estivesse mole a ponto de cair. Além da dor, ela passou a ter vergonha de sua aparência, com receio de sorrir”, alegou. 

De acordo com a defesa, a paciente questionou o profissional responsável, mas foi informada por ele de que “não poderia fazer nada”. Além disso, a vítima também solicitou que um novo procedimento fosse feito para corrigir as falhas, o que foi negado pela clínica. 

Com a negativa, a mulher procurou atendimento de um outro profissional, que disse que a situação poderia ser revertida, mas que o novo tratamento custaria R$ 49 mil. 

A paciente então entrou com um processo e, desde então, no decorrer, passou por audiência de conciliação com a clínica Ebide, mas não sem acordo. 

Em um perícia realizada pela Justiça, foi constatado foram feitos “implantes anatomicamente desproporcionais (muito grandes)” e que, alguns, estavam sem cobertura. 

Por isso, a empresa e o cirurgião responsável foram condenados a pagar R$ 49 mil a título de danos morais e estéticos, além de devolver o valor pago pela mulher, totalizando R$ 60 mil. 

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