Pesquisa sem registro no TSE exclui Márcio Corrêa na corrida pela Prefeitura de Anápolis
Ausência do nome pode contribuir para que números de outros pré-candidatos sejam inflacionados
Nos últimos dias, pesquisadores uniformizados com coletes azuis a serviço de um instituto de pesquisa de Anápolis entrevistaram eleitores pelas ruas da cidade com duas opções de cartela para saber a intenção de votos para prefeito.
Relatos obtidos pela Rápidas de pessoas abordadas nos dias 05 e 06 de julho, respectivamente, na Avenida Fernando Costa e na Praça Americano do Brasil, explicam que, no primeiro cenário apresentado, havia o nome de todos os pré-candidatos atualmente em disputa.
Em seguida, os pesquisadores indagavam em quem as pessoas ouvidas votariam caso Márcio Corrêa (PL) não fosse uma das opções. Em praticamente todas as pesquisas internas e divulgadas até aqui, o suplente de deputado aparece em segundo lugar, rivalizando com Antônio Gomide (PT).
Para uma fonte ligada ao Centro Administrativo, o fato do instituto de pesquisas ser próximo do grupo ligado a Roberto Naves (Republicanos) e a falta de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), significa que os resultados são apenas para ‘consumo interno’.
A mesma pessoa ainda diz que a ausência de Márcio consegue transferir votos para outros pré-candidatos, inflacionando números que devem ser apresentados e utilizados como argumentos para bancar postulantes à Prefeitura de Anápolis.
Nas últimas semanas, outro fator que despertou a atenção do meio político foi uma pesquisa realizada pelo Real Time Big Data, com registro no TSE, mas que não foi divulgada.
A decisão de não publicar a pesquisa também pode ser uma estratégia de contenção de danos, para ocultar o mau desempenho do pré-candidato ou pré-candidata do interesse de quem encomendou a pesquisa, cujos números deveriam ter sido publicados no dia 1º de julho, dois dias antes do lançamento da pré-candidatura da indicada por Roberto.