Julgamento é suspenso e jurada multada por debochar de advogado em Pirenópolis: “comportamento desprezível”

Situação ocorreu durante julgamento de caso que tramita na Justiça há mais de 10 anos

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Julgamento é suspenso e jurada multada por debochar de advogado em Pirenópolis: “comportamento desprezível”
Imagem ilustrativa de julgamento. (Foto: Ilustração/Pexels)

Um julgamento realizado na Vara Criminal de Pirenópolis teve de ser suspenso pela juíza após uma das juradas apresentar uma atitude debochada durante a fala de um dos advogados.

O caso aconteceu na última sexta-feira (22), em um conselho de sentença que analisava um caso de homicídio qualificado, segundo o site Rota Jurídica.

Conforme o relato da sessão, a mulher estaria fazendo gestos negativos com a cabeça e debochando do discurso de um dos representantes do acusado.

Se sentindo constrangido pela atitude da jurada, o advogado de defesa pediu que ela fosse multada e o júri desfeito, por entender não existir imparcialidade na ocasião.

Diante dos fatos, a juíza Mariana Amaral de Almeida Araújo aplicou à mulher uma multa no valor de um salário mínimo e o conselho foi dispensado.

No entanto, após o encerramento da sessão, chegou ao conhecimento da magistrada que a jurada saiu do Fórum “praticando atos de deboche, rindo e apresentando comportamento desprezível com o serviço de jurado e Tribunal do Júri”, conforme expresso pela própria juíza.

Assim, Mariana determinou que, além da multa no valor de um salário mínimo, a jurada ainda deveria pagar mais R$ 1.125, referentes aos gastos envolvidos na realização do julgamento.

“Mesmo após impossibilitar o prosseguimento da sessão em decorrência das suas atitudes em plenário e a devida advertência da jurada sobre seu comportamento desidioso e sem idoneidade, a jurada seguiu agindo em afronta aos ditames da Justiça, merecendo maior reprovabilidade na sua conduta”, justificou a magistrada na decisão.

Vale destacar que o processo em questão está em tramitação na Justiça há mais de 10 anos e a próxima Sessão Plenária para análise do caso foi marcada para o dia 27 de fevereiro de 2025.

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