Entenda como história curiosa de morador ‘conselheiro’ influenciou nomenclatura do Bairro Jundiaí

Historiadora explicou como setor, conhecido como um dos mais tradicionais da cidade, se firmou como é hoje

Anápolis é uma cidade centenária e, em mais de 116 anos de existência, a localidade colecionou acontecimentos e histórias que moldaram o que é ser anapolino hoje em dia. Um destes exemplos são os bairros que compõem o município, hoje somando mais de 290 divisões.

Mesmo que sejam somente ‘uma parte’ da cidade, estas zonas têm uma origem muito rica e que vai muito além de ruas ou prédios públicos, como o bairro Jundiaí, um dos mais tradicionais e antigos, datado de 1935.

O que pouca gente sabe, no entanto, é que, até se tornar ‘Jundiaí’, este setor passou por várias mudanças que, com o passar dos anos, o classificaram como os moradores o conhecem hoje.

Segundo o livro Anápolis, Sua Vida, Seu Povo, da historiadora Haydée Jayme Ferreira, a nomeação para a divisão se deu na década de 1940, ainda durante a estruturação de Anápolis.

À época, o empresário e engenheiro Jonas Duarte estava adquirindo diversas terras na região e, como de costume da população local, já logo pensou numa nomenclatura, tendo como uma das motivações um homem que morava nos arredores chamado João, conhecido pelos habitantes da época.

De acordo com Haydée, o morador era conhecido por dar conselhos – seja de política, casamento, negócios, demandas e até atritos –, diversas situações que acabaram o popularizando na região.

Assim, várias pessoas iam até a casa de João, que ficava próximo ao córrego do setor, procurando por ele. Logo quando estes visitantes chegavam ao local, perguntavam aos populares onde ele morava, e sempre recebiam a mesma resposta: “é o João Daí”, apontando para a cabeceira do ribeirão.

Pronto, não demorou muito para o nome cair na boca do povo e, com a autorização de Jonas Duarte, logo este se tornou o título oficial do bairro: Joãodaí.

A partir daí, o nome da divisão foi se moldando com o tempo, chegando a outras pronúncias, como o, um tanto quanto excêntrico, ‘Jundiahy’.

A nomenclatura só se firmou por volta dos anos 1950, após uma conversa entre o engenheiro dono das terras e o então prefeito de Anápolis, Plácido de Campos.

Durante o encontro, ambos concordaram que a fonética parecia embaraçosa, firmando o nome ‘Jundiaí’ como o definitivo, o qual segue em vigor até os dias atuais.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Portal 6 (@portal6noticias)