Motorista de aplicativo que ofendeu passageira dizendo “não carregar macumbeira” é indiciado pela polícia

Caso condenado, homem poderá pegar de 1 a 3 anos de prisão, além de multa

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Passageira faz o impensável e motorista de aplicativo não deixa barato: “pilantra”
Motorista aceitando corrida em app de mobilidade (Foto: Captura de tela / Youtube)

Depois de dois anos de uma suposta situação de intolerância religiosa praticada por um motorista de aplicativo, de 41 anos, contra uma passageira, de 26 anos, em Brasília, o prestador de serviço foi indiciado.

O caso teria acontecido em 2023, quando a jovem e a filha, que tinha apenas 06 anos à época, embarcaram no veículo, tendo saído de um espaço onde é praticado religião de matriz africana em Sobradinho, Distrito Federal.

A passageira contou às autoridades que, assim que adentraram o automóvel, o homem insistiu em dizer “Deus abençoe” a ela e à filha sem parar. Em determinado momento, ela teria pedido que ele parasse ou deixaria o veículo junto da criança.

Segundo a vítima, foi aí que o motorista respondeu dizendo: “melhor mesmo, porque eu não carrego macumbeira”.

Ambas teriam desembarcado em seguida, com pouquíssimo tempo no carro e metros de viagem. Considerando a situação constrangedora, ela procurou a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual (Decrin).

Por conta do indiciamento, o caso deverá ser encaminhado para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para manifestação. Caso seja condenado, o prestador de serviço poderá pegar de 1 a 3 anos de prisão, além de multa.

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