6 pecados da língua portuguesa que uma pessoa inteligente não deve cometer
Mesmo os mais sábios e bem-informados às vezes cometem deslizes que podem comprometer a clareza e a credibilidade da comunicação


A língua portuguesa é um dos maiores patrimônios culturais que temos, mas também pode ser um campo cheio de armadilhas linguísticas.
Mesmo pessoas inteligentes e bem-informadas às vezes cometem deslizes que podem comprometer a clareza e a credibilidade da comunicação.
Por isso, entender os principais erros e saber como evitá-los é essencial.
Você já cometeu algum desses erros sem perceber?
6 pecados da língua portuguesa que uma pessoa inteligente não deve cometer
1. Uso incorreto de “Onde” e “Aonde”
Esse é um erro muito comum e que pode passar despercebido. “Onde” é usado para indicar permanência, ou seja, algo que está em determinado lugar. Já “aonde” indica movimento, direção.
Exemplo certo:
-
Onde você mora? (pergunta sobre um local fixo)
-
Aonde você vai? (pergunta sobre deslocamento)
Se você diz “aonde você mora”, está usando a palavra de forma errada. Esse detalhe pode parecer pequeno, mas faz diferença na língua portuguesa.
2. “Menas” no lugar de “Menos”
Apesar de muito falado em conversas informais, “menas” simplesmente não existe. Na língua portuguesa, a palavra “menos” é invariável — ou seja, não muda nunca, seja para o masculino ou para o feminino.
Exemplo errado:
-
Menas pessoas apareceram no evento.
Exemplo correto:
-
Menos pessoas apareceram no evento.
Grave isso: é sempre menos, nunca menas.
3. Confundir “Mais” com “Mas”
Outro tropeço muito comum. “Mais” é o oposto de “menos” e indica quantidade. Já “mas” é uma conjunção adversativa, usada para indicar contraste ou oposição.
Veja os exemplos:
-
Eu quero mais água.
-
Eu queria ir, mas estou cansado.
Usar um no lugar do outro muda totalmente o sentido da frase. Portanto, preste atenção nessas palavrinhas tão parecidas na fala, mas tão diferentes na escrita.
4. Uso de “Se não” e “Senão”
Essa dupla dá um nó na cabeça de muita gente. Mas vamos simplificar. “Se não” é uma expressão condicional, equivalente a “caso não”. Já “senão” significa “caso contrário” ou até mesmo “defeito” ou “falha”.
Exemplo com “se não”:
-
Se não chover, vamos à praia.
Exemplo com “senão”:
-
Não havia outro jeito, senão aceitar.
Uma dica prática da língua portuguesa: quando puder substituir por “caso não”, use separado.
5. Pleonasmo
Pleonasmo é a repetição desnecessária de ideias. Alguns são aceitáveis como recurso de estilo, mas outros apenas poluem a frase.
Exemplos de pleonasmo vicioso:
-
Subir para cima.
-
Entrar para dentro.
-
Repetir de novo.
Essas expressões são redundantes. Na língua portuguesa, clareza e economia de palavras fazem uma grande diferença. Evite esses excessos.
6. “Com certeza absoluta”
Essa é uma expressão muito usada, mas tecnicamente exagerada. Afinal, se algo é certeza, já não precisa ser absoluta. Na prática, soa como um reforço, mas gramaticalmente é redundante.
Prefira:
-
Tenho certeza.
Ou, se quiser dar mais ênfase: -
Tenho plena certeza.
Redundâncias como essa empobrecem a linguagem e tiram força da mensagem.
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