Psiquiatras reconhecem novo perfil de personalidade que pode se encaixar em muita gente
Esse perfil não se prende às caixas tradicionais da mente e pode ir além do introvertido e extrovertido

Desde ideias como as de Carl Jung, no século XX, vivemos insistindo em uma dicotomia: ou é introvertido, que recarrega as baterias no silêncio, ou é extrovertido, que floresce na multidão.
Mas e se existisse uma terceira maneira de estar no mundo, viva e legítima, que não se define por viver em um extremo ou outro? Esse novo perfil surge com força: o “otrovertido”.
Psiquiatras reconhecem novo perfil de personalidade que pode se encaixar em muita gente
O termo foi cunhado pelo psiquiatra Rami Kaminski para retratar pessoas que não se encaixam nos perfis clássicos de introversão ou extroversão.
Elas se sentem confortáveis estando sozinhas, mas não dependem do isolamento; gostam de convívio social, mas sem precisar de validação externa para se sentirem completas.
Os otrovertidos, segundo Kaminski, transitam com naturalidade entre momentos de solidão e socialização. Eles não evitam um grupo, tampouco vivem buscando ser o centro dele.
O importante é o equilíbrio: aproveitar o silêncio quando necessário e a conversa significativa quando desejado.
Ao contrário do extrovertido, que consome energia em ambientes coletivos, nem sempre os otrovertidos se sentem recarregados por eles.
Também não seguem o padrão do introvertido que se vê esgotado diante da presença alheia. Eles só não sentem essa necessidade de pertencer como regra ou bússola.
Outro ponto central desse perfil é a autonomia emocional: não buscam aprovação, nem ficam em espera pela aceitação do grupo. A identidade pessoal não se molda pela opinião dos outros.
Embora o termo ainda não figure nos manuais formais de diagnóstico, como o DSM-5 ou algo equivalente, ele tem ganhado visibilidade nos debates de psicologia, psiquiatria e comportamento humano.
Pesquisas ainda são incipientes, mas muitos relatam se verem nesse novo espelho: nem totalmente introvertidos, nem extrovertidos.
Reconhecer esse tipo de personalidade é relevante, porque oferece uma ampliação na forma de entender quem somos, como nos relacionamos e como encontramos bem-estar.
Talvez você, leitor, já se pegou se identificando com algo parecido: desfrutando do próprio espaço sem culpa, escolhendo bem os momentos de convívio, sem sentir que precisa “estar sempre em festa”.
Se sim, talvez esse conceito de otrovertido fale diretamente com você, e ajude a transformar o que parecia estranheza em um valor pessoal.
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