A ponte em que se entra pelo lado errado para sair pelo lado certo e que é a única no Brasil com trens passando no meio e carros nos dois lados
A estrutura da travessia impressiona por detalhes raros que poucos locais do país podem exibir

Entre o encontro dos rios Tocantins e Itacaiúnas, um dos cenários mais marcantes de Marabá (PA), surge uma das pontes mais peculiares do Brasil: a Ponte Rodoferroviária, uma estrutura que desafia padrões e se tornou símbolo da cidade.
Construída para unir regiões separadas pela imensidão do Tocantins, ela chama atenção por algo incomum: para atravessá-la, motoristas entram pelo “lado errado” e saem pelo “lado certo”, graças ao desenho diferenciado que organiza o fluxo de veículos nos tabuleiros externos. A travessia já virou uma pequena atração turística para quem visita o Sudeste do Pará.
Inaugurada na década de 1980, a ponte foi projetada com um formato raro no país: trens passam no centro, enquanto carros circulam simultaneamente nos dois lados, cada um em sua pista exclusiva.
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É a única ponte brasileira que combina esse arranjo, permitindo que o transporte ferroviário pesado e o rodoviário convivam com segurança sobre a mesma estrutura. O trem pertence à Estrada de Ferro Carajás, rota vital para o escoamento de minério vindo da região de Carajás até o Porto de São Luís, no Maranhão.
Além da funcionalidade, o monumento se tornou um cartão-postal. A vista para o Rio Tocantins, principalmente ao pôr do sol, forma uma composição que impressiona tanto moradores quanto viajantes.
Do alto da ponte, é possível observar a grandiosidade do rio, a força da correnteza e o contraste entre a mata, o centro urbano e o espetáculo natural diário.
O fluxo de trens cruzando o tabuleiro central também cria uma cena que mistura indústria, natureza e cotidiano amazônico, reforçando o simbolismo da estrutura para a identidade local.
Hoje, a Ponte Rodoferroviária de Marabá é mais do que uma obra de engenharia. É um marco histórico que impulsionou o desenvolvimento da região, facilitou deslocamentos e se transformou em atração turística.
Sua arquitetura incomum, seus fluxos invertidos e sua convivência harmônica entre vagões e automóveis fazem dela uma peça singular no Brasil. Uma ponte que não apenas liga margens, mas também conta, a cada travessia, um pouco da história e da força da Amazônia paraense.
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