“Tremendo mal-entendido”, diz assessora de deputado acusada de desacatar policiais em Anápolis

Juliana Albuquerque, que atua na comunicação do Coronel Adailton, também apresentou o laudo médico que descarta álcool e agressão

Da Redação Da Redação -
“Tremendo mal-entendido”, diz assessora de deputado acusada de desacatar policiais em Anápolis

Assessora parlamentar do deputado estadual Coronel Adailton (PP) autuada por desacatar dois policiais de Anápolis no último domingo (16), Juliana Albuquerque, de 35 anos, enviou no final da noite desta quarta-feira (19) ao Portal 6 uma nota se pronunciando.

No episódio, os militares relataram no Boletim de Ocorrência (B.O) terem sido ofendidos durante a averiguação de uma denúncia de violência doméstica que tinha a mulher como vítima do companheiro Rodrigo Antônio Santana, de 40 anos.

“Sargetinho e Soldadinho filhos da puta” e “eu sou assessora do deputado Coronel Adailton, seus bostas”, são algumas das expressões que teriam sido utilizadas por Juliana e que foram registradas no documento. O B.O diz ainda que ela apresentava sinais de embriaguez e que precisou ser algemada durante a detenção.

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Relatório do Instituto Médico Legal (IML) apresentado pela assessora que atua na comunicação do deputado mostra que ela não estava alcoolizada e que, de fato, não sofreu agressões do companheiro. Na nota, Juliana confirma que houve uma discussão entre ela e Rodrigo e classifica o caso como um “tremendo mal-entendido”.

Afirma ainda que mencionou ser assessora do deputado estadual apenas porque foi perguntada sobre qual profissão exerce, sem o intuito de intimidá-los. O texto, no entanto, não comenta as palavras que os policiais relaram que ouviram da boca dela.

Questionada pelo Portal 6, Juliana disse que se referiu aos militares como “sargento” e “soldado” – sem o emprego do diminuitivo – porque são as posições que eles ocupam dentro da corporação. Falou também que não proferiu as ofensas, mas não quer “entrar nesse mérito”.

Leia a íntegra da nota da assessora parlamentar:

“A maior violência que sofri, foi ter meu nome divulgado em todos os lugares por pessoas que nem ao menos entraram em contato comigo ou quiseram me ouvir.

Sempre enalteci o trabalho da Polícia Militar, tenho inúmeros amigos que fazem parte da instituição, tenho mais de 20 grupos de WhatsApp onde diariamente divulgo e engrandeço o trabalho dos policiais, os considerando verdadeiros heróis.

Eu e meu esposo estávamos em uma discussão de casal, onde alguém sentiu que talvez poderia estar havendo uma agressão e mediante a isso chamou apoio policial, ao que em poucos segundos chegaram para verificar a situação, o que mostra o excelente trabalho que fazem.

Dadas as verificações, me foi solicitado saber minha profissão, ao que mencionei ser assessora parlamentar, possivelmente pode ter sido interpretado pelos agentes da lei como uma forma de desacatá-los usando minha profissão.

Fui levada a delegacia para os procedimentos de praxe e irei cumprir todos os procedimentos que a justiça impuser.

Creio que no final de tudo, o que passamos foi um tremendo mal-entendido em vários aspectos, mas continuo acreditando e respeitando o trabalho dos policiais militares.

Acredito que estão usando esse fato isolado que aconteceu comigo para fazerem politicagem e denegrir a minha bandeira de luta contra a violência doméstica, bandeira essa que a cada dia ganha mais notoriedade e apoio.

Eu e meu marido estamos consternados a proporção que essa inverdade tomou, mas estamos buscando um no outro a força para continuarmos nossas vidas.

Agradeço aos inúmeros amigos, inclusive policiais militares, que me enviaram mensagens de apoio, é em momentos como esses que sabemos com quem podemos contar.”

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