Estado Islâmico reivindica autoria de ataque que terminou com 4 mortos em Israel

Onda de ataques aumentou os temores de violência em abril -quando coincidem o mês sagrado muçulmano do Ramadã e os feriados judaico de Pessach e cristão da Páscoa

Folhapress Folhapress -

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois homens de origem árabe mataram em um ataque a tiros dois policiais israelenses neste domingo (27), nas ruas de Hadera, em Israel. Os atiradores foram mortos na sequência e ao menos pessoas ficaram feridas.

O grupo terrorista Estado Islâmico mais tarde reivindicou a autoria da ação em um comunicado publicado em sua conta no Telegram. Autoridades de segurança locais haviam afirmado mais cedo que os atiradores eram cidadãos árabes-israelenses e simpatizantes do EI.

O atentado se dá cinco dias depois de um outro ataque em Beersheba, no sul do país. Na ocasião, um cidadão de origem beduína matou quatro pessoas -uma atropelada e três a facadas- antes de ser morto por um civil armado. O episódio, um dos mais mortais do gênero nos últimos anos no país, havia sido o terceiro contra cidadãos judeus em menos de uma semana.

O atentado deste domingo foi condenado por autoridades israelenses, que organizaram uma cúpula considerada histórica em Sde Boker, no deserto de Neguev. O ministro das Relações Exteriores Yair Lapid recebeu representantes da diplomacia de Emirados Árabes Unidos, Egito, Bahrein e Marrocos, selando a retomada de relações entre Israel e nações árabes.

“Todos os presentes condenaram o ataque e enviaram suas condolências às famílias das vítimas e os desejos de recuperação para os feridos”, disse Lapid.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, que compareceu à cúpula, também se manifestou com repúdio ao que chamou de ataque terrorista. “Atos de violência e assassinato sem sentido como esse não devem ter lugar na sociedade.”

Hadera fica 50 quilômetros ao norte de Tel Aviv, que por sua vez está a 150 quilômetros de Sde Boker.

Imagens de câmeras de segurança transmitidas por canais israelenses mostraram dois homens atirando com armas automáticas na rua. Segundo a agência Reuters, dois membros paramilitares da polícia de fronteira foram mortos.

Na sequência, dois integrantes da unidade antiterrorista que estavam em um restaurante próximo ao ataque conseguiram chegar ao local e mataram os agressores.

O porta-voz da polícia Eli Levy disse a uma emissora de TV que a ação policial preveniu um atentado terrorista ainda maior.

Logo após o ataque, as forças de segurança israelenses fizeram operações em áreas de Umm al-Fahm, cidade árabe a cerca de 20 quilômetros de Hadera, segundo a agência de notícias AFP.

Em diferentes declarações, os movimentos islâmicos palestinos armados do Hamas e da Jihad Islâmica aplaudiram o que chamaram de “operação heroica de Hadera”.

O ministro da Defesa, Benny Gantz, se encontrou à tarde com os chefes da polícia e do Exército, enquanto o primeiro-ministro, Naftali Bennett, que havia se reunido horas antes em Jerusalém com Antony Blinken, foi a Hadera.

Essa onda de ataques recentes aumentou os temores de violência em abril -quando coincidem o mês sagrado muçulmano do Ramadã e os feriados judaico de Pessach e cristão da Páscoa. Tensões relacionadas ao Ramadã, por exemplo, dispararam conflitos na Faixa de Gaza em maio do ano passado.

Folhapress

Folhapress

Maior agência de notícias do Brasil. Pertence ao Grupo Folha.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

Publicidade