Secretário do Tesouro defende veto à renovação de desonerações da folha de pagamento
Comandado por Fernando Haddad, o Ministério da Fazenda recomenda o veto

JULIO WIZIACK – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou à coluna que as desonerações da folha de pagamento para 17 setores da economia não podem ser renovadas por meio de projeto de lei.
“O posicionamento do Tesouro é o mesmo da Receita Federal, de que a Constituição vedou a renovação”, disse Ceron.
Comandado por Fernando Haddad, o Ministério da Fazenda recomenda o veto, porque as isenções foram concedidas por Emenda Constitucional com período definido.
Nos bastidores, a pasta avalia que não há espaço para a sanção da proposta e que, caso ocorra, vai gerar judicialização.
Recentemente, Haddad afirmou que o governo deve apresentar [ao Congresso] uma “outra forma” [de renovar as desonerações].
“Nós estamos elaborando uma proposta para ser encaminhada no segundo semestre”, disse o ministro.
No formato atual, o benefício contempla 17 segmentos e tem duração garantida até 31 de dezembro de 2023. O projeto quer estender esse prazo até o fim de 2027.
Leia também
- Em meio a crise no Detran, Daniel Vilela anuncia mudança que pode facilitar emissão de CNH e agradar médicos grevistas
- Senador Canedo sobe em ranking de cidades mais seguras
- Daniel Vilela anuncia que Anápolis terá colégio técnico inspirado em modelo de Singapura
- É surpreendente o que morador em situação de rua com passagens por 6 homicídios disse ao ser abordado pelo prefeito de Anápolis
O impacto potencial sobre as contas é de pelo menos R$ 9,4 bilhões, algo que, na avaliação da pasta, prejudica as metas definidas pelo arcabouço fiscal.
A medida foi aprovada na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) no Senado em meados de junho, em um revés para a equipe econômica. Parlamentares defendem o projeto para a manutenção de empregos.
Com Diego Felix