Entrevista de Roberto Naves prova implicância com cirurgião Walter Vosgrau

Prefeito de Anápolis disse que está fazendo acordo com HEG após o hospital fazer “uma reflexão sobre as equipes e as condutas de alguns profissionais”

Caio Henrique Caio Henrique -
Entrevista de Roberto Naves prova implicância com cirurgião Walter Vosgrau
Prefeito Roberto Naves (à esquerda) e cirurgião Walter Vosgrau (à direita). (Foto: Reprodução/ Elvis Godoi/ Edição Portal 6)

Problema já antigo na cidade de Anápolis, as cirurgias cardíacas realizadas – ou, como tem sido o caso nos últimos meses, não realizadas – pelo Sistema Único de Saúde (SUS) voltaram a ser destaque, desta vez através de falas do próprio prefeito Roberto Naves (PP).

O epicentro da polêmica, entretanto, foi outro. Isso porque, bem em meio ao pedido de saída do cirurgião cardíaco Walter Vosgrau, único a atender pelo SUS e realizar os procedimentos no município, o chefe do Executivo Municipal deu a entender que, agora, fechará uma parceria com o Hospital Evangélico Goiano (HEG) – somente após o anúncio do desligamento do médico.

“Vamos continuar operando, fazendo tudo que nós fazemos, mas queremos que esse tempo diminua e por isso vamos fechar essa parceria com o HEG, depois que fizeram uma reflexão sobre as equipes e algumas condutas de alguns profissionais”, afirmou Roberto, em entrevista ao DM Anápolis.

O possível desgaste no relacionamento entre as partes, entretanto, não pode ser caracterizado como surpreendente, uma vez que Vosgrau já havia se postado como um crítico ferrenho da gestão municipal, especialmente em meio aos imbróglios que vem cercando a situação da saúde na cidade – desde a disponibilização das bolsas de sangue, até a morte de pacientes na fila de espera por cirurgias de emergência.

A tal parceria mencionada pelo mandatário é relacionada a um novo acordo entre a Prefeitura e o HEG, a fim de evitar as suspensões das intervenções em caráter de urgência.

A ideia do prefeito é não depender das parcerias com o Governo do Estado, que encaminha os pacientes para Goiânia, mas sim “resolver os problemas das pessoas de Anápolis, com recursos do município, na cidade”.

“O Hospital Evangélico fez uma reformulação na equipe, mudou alguns procedimentos que eu não aceitava, vai ter um controle muito grande no que diz respeito às filas, fez um compromisso comigo que não vai entrar ninguém do particular para depois passar pelo SUS”, concluiu.

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