Família se une para ‘imortalizar’ icônica árvore arrancada do Colégio São Francisco: “ia virar entulho”
Em uma força-tarefa que reuniu diversos homens, ela foi transportada em um caminhão guindaste e, agora, terá um novo destino
Samuel Leão -
No início de março, uma grande e icônica árvore, situada no Colégio São Francisco de Assis, ao lado da Avenida Pinheiro Chagas, caiu em decorrência das fortes chuvas de verão que marcaram presença em Anápolis.
De grande proporção e imponência, ela seria dispensada como entulho, em um processo padrão de descarte. Porém, graças à iniciativa de uma família, será transformada e reutilizada.
Chamada de Guarapuruvu, a árvore pode chegar aos 70 anos e é nativa da Mata Atlântica, com uma subespécie também presente na Amazônia. Atingindo mais de 30 metros de altura, ela cresce rapidamente e possui um longo tronco reto, com a copa arredondada e flores amarelas.
Imagem da árvore quando ainda estava de pé, no Colégio São Francisco, em 2021. (Foto: Google Maps)
Ao Portal 6, Aurélio Rosa, de 34 anos, contou como surgiu a ideia de dar uma destinação à madeira e ainda apresentou vídeos, nos quais registrou todo o processo.
“Eu moro aqui em frente ao São Francisco, então logo que a árvore caiu eu percebi e fiquei pensando no que seria feito dela. Meu pai entrou em contato com a Prefeitura e descobriu que ela seria levada para um aterro, e dispensada como entulho. Foi aí que decidimos solicitá-la”, revelou.
Árvore caída no Colégio São Francisco, em Anápolis. (Foto: Aurélio Rosa)
Em uma força-tarefa que reuniu diversos homens, que cortaram o Guarapuruvu em várias toras para possibilitar o transporte, o tronco foi levantado sobre a cerca da escola e colocado na carroceria de um grande caminhão guindaste.
“Apesar de não ser considerada uma madeira nobre, vamos transformá-la em móveis e diversos itens, buscando utilizar cada pedaço que conseguimos retirar, sem desperdiçar nada. Será muito bem utilizada”, concluiu.
Felizmente, a queda da árvore se deu para o pátio interno do colégio, sem causar prejuízos ou acidentes na avenida que passa logo ao lado. Assim, transportada para um carpinteiro, a madeira já está sendo trabalhada para se tornar mesas rústicas e tábuas para uso doméstico.
Árvore caída no Colégio São Francisco já foi levada para um carpinteiro. (Foto: Aurélio Rosa)
