6 desastres brasileiros que ficaram na história (melhor esquecer)

Vamos relembrar seis desastres que, se pudessem, seriam apagados da memória coletiva

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
6 desastres brasileiros que ficaram na história (melhor esquecer)
(Foto: Agencia Brasil/Fernando Frazao)

O Brasil já enfrentou desastres que deixaram marcas profundas — algumas tão intensas que preferimos fingir que nunca aconteceram.

Mas, como esquecer o que moldou nossa história? Vamos relembrar seis desastres que, se pudessem, seriam apagados da memória coletiva.​

6 desastres brasileiros que ficaram na história (melhor esquecer)

1. Brumadinho (2019)

No dia 25 de janeiro de 2019, o Brasil parou diante das imagens chocantes da lama tomando tudo em Brumadinho (MG).

O rompimento da barragem da mineradora Vale despejou 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos, destruindo comunidades, o refeitório da empresa e parte do meio ambiente.

Foram 272 mortes, famílias devastadas e um alerta cruel sobre os riscos da mineração sem fiscalização séria. O pior? Era um desastre evitável – e muito parecido com o que aconteceu em Mariana, apenas três anos antes.

2. Incêndio no Gran Circus Norte-Americano (1961)

O circo chegou em Niterói (RJ) prometendo encantar. Mas no dia 17 de dezembro, o que se viu foi pânico e horror.

Um incêndio criminoso destruiu a lona lotada de crianças e adultos. A lona, feita de nylon e parafina (sim, inflamável!), pegou fogo em segundos.

Foram 503 mortos e mais de 800 feridos. O país inteiro chorou. A tragédia levou a mudanças nas normas de segurança para eventos.

3. Enchentes em Caraguatatuba (1967)

Chuvas torrenciais provocaram deslizamentos em série em Caraguatatuba (SP), soterrando casas e vidas.

Cerca de 436 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram desabrigadas. Foi tão grave que praticamente reconfigurou a cidade. O desastre serviu de alerta e impulsionou a criação da Defesa Civil em São Paulo.

Mas, até hoje, muitas áreas de risco seguem ocupadas no país.

4. Acidente ferroviário de Aracaju (1946)

Um trem lotado de passageiros, sem freios em bom estado e com manutenção precária. Resultado? Uma tragédia com 185 mortos e centenas de feridos.

O acidente, que aconteceu entre Riachuelo e Laranjeiras, em Sergipe, foi o pior da história ferroviária nacional. Infelizmente, como em muitos outros casos, a tragédia só ganhou atenção depois da dor.

5. A Grande Seca (1877–1879)

Pior que a seca? Só a fome, a sede e o abandono. Durante dois anos, a estiagem destruiu o sertão nordestino.

Calcula-se que cerca de meio milhão de pessoas morreram, num Brasil que ainda nem sabia o que era política pública.

Muitos sertanejos migraram para os centros urbanos, onde eram forçados a trabalhos quase escravos. Um desastre climático, social e humano que revelou as feridas abertas do país.

6. Boate Kiss (2013)

Era pra ser só mais uma festa na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), mas virou uma das maiores tragédias do Brasil.

O uso de pirotecnia dentro do ambiente fechado, o teto com espuma inflamável e a ausência de saídas de emergência criaram uma armadilha mortal. Foram 242 mortos e mais de 600 feridos. O país ficou em luto, e os julgamentos ainda se arrastam.

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