Banco Central muda as regras do Pix e brasileiros devem ficar atentos
A medida tem como foco proteger os usuários e dificultar o uso indevido de dados de terceiros


O Pix acaba de passar por uma mudança importante, e quem usa o sistema de pagamentos no dia a dia precisa prestar atenção.
Desde 1º de julho de 2025, os bancos e instituições financeiras são obrigados a validar as informações das chaves Pix diretamente com a Receita Federal antes de qualquer cadastro, alteração ou portabilidade.
Banco Central muda as regras do Pix e brasileiros devem ficar atentos
A principal alteração está na exigência de validação dos dados.
Agora, ao cadastrar uma nova chave Pix, o nome vinculado precisa ser idêntico ao que está no CPF ou CNPJ registrado na Receita Federal.
Antes, essa checagem era recomendada, mas não obrigatória.
Além disso, a nova regra — prevista na Resolução BCB nº 457/2025 — torna essa verificação um passo obrigatório também para quem for alterar uma chave, transferi-la para outro banco (portabilidade) ou reivindicar sua posse.
A medida tem como foco proteger os usuários e dificultar o uso indevido de dados de terceiros.
Por que o Banco Central decidiu mudar
O objetivo é claro: barrar fraudes. O Banco Central identificou o uso crescente de CPFs de pessoas falecidas, CNPJs de empresas encerradas e dados de terceiros usados sem autorização para movimentações financeiras ilegais.
Com a nova validação obrigatória, fica mais difícil cadastrar chaves Pix fraudulentas.
A verificação prévia ajuda a garantir que a chave realmente pertence à pessoa ou empresa indicada. Caso contrário, o sistema nem permite que ela seja criada.
O que muda na prática para quem usa Pix
Agora, qualquer nova chave Pix — seja CPF, e-mail, número de celular ou chave aleatória — só será registrada se os dados estiverem 100% de acordo com o cadastro da Receita Federal. Isso inclui:
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Novos registros de chaves;
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Alterações de chaves existentes;
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Pedidos de portabilidade entre instituições;
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Reivindicação de posse de chaves.
A partir de 1º de outubro de 2025, essas mesmas regras passam a valer também para portabilidade e reivindicação.
Outro ponto importante: se uma instituição financeira encontrar divergência entre os dados informados e os registros da Receita, ela poderá atualizar o nome correto ou, se houver suspeita de fraude, cancelar imediatamente a chave Pix.
Quem pode ser impactado pela mudança
Essa atualização afeta especialmente pessoas e empresas com informações desatualizadas ou diferentes entre bancos e Receita Federal. Alguns exemplos:
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Pessoas que usam nome social, mas não atualizaram o CPF;
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Empresas que mudaram a razão social, mas não comunicaram o banco;
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Clientes que usaram dados de terceiros por engano ou má fé.
Se você está em algum desses casos, o ideal é verificar se seus dados bancários e fiscais estão atualizados e batem exatamente.
O que você deve fazer agora
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Confira suas chaves Pix cadastradas no aplicativo do seu banco.
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Verifique seu CPF ou CNPJ no site da Receita Federal e veja se o nome registrado é o mesmo usado na conta bancária.
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Atualize seus dados, se necessário, tanto na Receita quanto no banco.
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Fique atento a mensagens do seu banco sobre possíveis ajustes ou exclusões de chaves.
Essas mudanças no Pix visam proteger o seu dinheiro e dificultar o uso indevido de dados.
Com um pouco de atenção agora, você evita problemas no futuro.
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