Banco Central muda as regras do Pix e brasileiros devem ficar atentos

A medida tem como foco proteger os usuários e dificultar o uso indevido de dados de terceiros

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Banco Central muda as regras do Pix e brasileiros devem ficar atentos
(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

O Pix acaba de passar por uma mudança importante, e quem usa o sistema de pagamentos no dia a dia precisa prestar atenção.

Desde 1º de julho de 2025, os bancos e instituições financeiras são obrigados a validar as informações das chaves Pix diretamente com a Receita Federal antes de qualquer cadastro, alteração ou portabilidade.

Banco Central muda as regras do Pix e brasileiros devem ficar atentos

A principal alteração está na exigência de validação dos dados.

Agora, ao cadastrar uma nova chave Pix, o nome vinculado precisa ser idêntico ao que está no CPF ou CNPJ registrado na Receita Federal.

Antes, essa checagem era recomendada, mas não obrigatória.

Além disso, a nova regra — prevista na Resolução BCB nº 457/2025 — torna essa verificação um passo obrigatório também para quem for alterar uma chave, transferi-la para outro banco (portabilidade) ou reivindicar sua posse.

A medida tem como foco proteger os usuários e dificultar o uso indevido de dados de terceiros.

Por que o Banco Central decidiu mudar

O objetivo é claro: barrar fraudes. O Banco Central identificou o uso crescente de CPFs de pessoas falecidas, CNPJs de empresas encerradas e dados de terceiros usados sem autorização para movimentações financeiras ilegais.

Com a nova validação obrigatória, fica mais difícil cadastrar chaves Pix fraudulentas.

A verificação prévia ajuda a garantir que a chave realmente pertence à pessoa ou empresa indicada. Caso contrário, o sistema nem permite que ela seja criada.

O que muda na prática para quem usa Pix

Agora, qualquer nova chave Pix — seja CPF, e-mail, número de celular ou chave aleatória — só será registrada se os dados estiverem 100% de acordo com o cadastro da Receita Federal. Isso inclui:

  • Novos registros de chaves;

  • Alterações de chaves existentes;

  • Pedidos de portabilidade entre instituições;

  • Reivindicação de posse de chaves.

A partir de 1º de outubro de 2025, essas mesmas regras passam a valer também para portabilidade e reivindicação.

Outro ponto importante: se uma instituição financeira encontrar divergência entre os dados informados e os registros da Receita, ela poderá atualizar o nome correto ou, se houver suspeita de fraude, cancelar imediatamente a chave Pix.

Quem pode ser impactado pela mudança

Essa atualização afeta especialmente pessoas e empresas com informações desatualizadas ou diferentes entre bancos e Receita Federal. Alguns exemplos:

  • Pessoas que usam nome social, mas não atualizaram o CPF;

  • Empresas que mudaram a razão social, mas não comunicaram o banco;

  • Clientes que usaram dados de terceiros por engano ou má fé.

Se você está em algum desses casos, o ideal é verificar se seus dados bancários e fiscais estão atualizados e batem exatamente.

O que você deve fazer agora

  1. Confira suas chaves Pix cadastradas no aplicativo do seu banco.

  2. Verifique seu CPF ou CNPJ no site da Receita Federal e veja se o nome registrado é o mesmo usado na conta bancária.

  3. Atualize seus dados, se necessário, tanto na Receita quanto no banco.

  4. Fique atento a mensagens do seu banco sobre possíveis ajustes ou exclusões de chaves.

Essas mudanças no Pix visam proteger o seu dinheiro e dificultar o uso indevido de dados.

Com um pouco de atenção agora, você evita problemas no futuro.

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