Alerta da Anvisa para quem está querendo aplicar Mounjaro ou Ozempic

Órgão reforça medidas de segurança e gera preocupação em clínicas e laboratórios brasileiros

Magno Oliver Magno Oliver -
Alerta da Anvisa para quem está querendo aplicar Mounjaro ou Ozempic
Mounjaro é medicamento utilizado para tratar diabetes e obesidade. (Foto: Captura de tela / Youtube)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, via despacho, a proibição da manipulação de medicamentos à base de semaglutida, como Ozempic, Rybelsus e Wegovy. A decisão visa conter riscos associados ao uso irregular e à falta de controle na produção. A medida afeta diretamente farmácias de manipulação e pacientes que utilizam esses medicamentos para controle de diabetes e obesidade.

Segundo o despacho, a medida só vale para as versões “biotecnológicas” da liraglutida (Victoza, Saxenda) e semaglutida (Ozempic, Wegovy e Rybelsus) e tirzepatida (Mounjaro). Moléculas sintéticas seguem liberadas para a manipulação caso já haja um medicamento registrado no país que utilize este tipo de princípio ativo.

Alerta da Anvisa para quem está querendo aplicar Mounjaro ou Ozempic

O texto segue com base na Lei nº 9.279/96, que regulamenta a produção de medicamentos com doses individualizadas a partir de substâncias patenteadas, como é o que acontece com a tirzepatida da farmacêutica Eli Lilly. Dados mostram que não há nenhum medicamento à base de semaglutida sintética registrado no país e qualquer manipulação biotecnológica ou sintética se torna irregular e ilegal, sem garantia de segurança ou eficácia clínica.

A nota técnica reforça que até 6 de agosto de 2025 havia nove pedidos de registro de medicamentos sintéticos de semaglutida e sete pedidos relacionados à liraglutida, todos aguardando o início da análise. A Anvisa avaliou que a manipulação destes “ingredientes vivos” importados tem um alto risco sanitário.

O veto tem caráter temporário enquanto é determinado um novo procedimento de importação para os manipulados. A Anvisa ainda obriga testes de controle de qualidade para os ingredientes pelas importadoras. O mesmo vale para farmácias que devem seguir as normas para as preparações estéreis estipuladas pela agência. O despacho reforça que a fiscalização será intensificada.

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Magno Oliver

Magno Oliver

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Escreve para o Portal 6 desde julho de 2023.

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