Hospital Evangélico terá de indenizar família de homem que morreu por ter atendimento negado

Da Redação Da Redação -
HEG é uma das duas Unidades de Alta Complexidade em Oncologia em Anápolis. (Foto: Reprodução)

Por decisão unânime, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) manteve parcialmente a sentença da comarca de Goiânia que determina que o Hospital Evangélico Goiano (HEG), de Anápolis, pague R$ 15 mil de indenização a família de Claydson Wander Aires, que morreu após esperar mais de três horas por atendimento.

Claydson havia sofrido um acidente automobilístico e foi levado ao HEG, que, segundo a família, demorou a atendê-lo porque por falta de plano de saúde e dinheiro para custear o socorro médico.

O homem chegou a ser transferido para o Hospital de Urgências de Anápolis (HUAna), mas não resistiu em decorrência do esmagamento do tórax e lesão dos órgãos vitais.

A indenização é referente a danos morais e foi publicada na sexta-feira (14). A família queria R$75 mil, mas o desembargador Amaral Wilson de Oliveira, relator do processo, entendeu que ela deveria ser reduzida.

O magistrado ressaltou que ainda que a vítima não possua plano de saúde, o hospital deverá dar atendimento nas 24 horas ao paciente em estado grave, com risco de morte, para só depois organizar a transferência para o hospital adequado. Não cabe mais recurso contra a decisão.

Segundo Wilson, ficou evidente a falha no atendimento de emergência prestado pelo hospital, que deveria ter providenciado os primeiros socorros. Já o valor referente aos danos morais, o magistrado entendeu que deverá ser reduzido para R$ 15 mil.

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