População não vai “querer retrocesso”, diz João Gomes, que já se prepara para eleição
Atualizada às 22h |
Depois de algumas semanas de espera, a reportagem do Portal 6 foi recebida pelo prefeito João Gomes (PT) na antevéspera do domingo (13) que chacoalhou as ruas pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff, sua correligionária.
A agenda do prefeito que postergara o encontro estava recheada de visitas feitas pela cidade para vistoriar obras, observar locais públicos, reunir com lideranças sindicais e conversar com atuais e futuros aliados na eleição que se aproxima. O pleito de outubro será o maior desafio político e pessoal daquele que pode olhar no espelho e ver que o engraxate e lavador de carros que foi na adolescência chegou ao posto máximo da segunda mais importante cidade de Goiás.
O quadro de crise nacional de seu partido não o preocupa, pois considera que a gestão do PT fez Anápolis avançar 100 anos e, por isso mesmo, a população não vai “querer retrocesso”, confiando novamente à legenda mais quatro anos à frente da Prefeitura de Anápolis.
Liberal – petista
As convicções que o levou juntamente com outros empresários a fundar o extinto Partido Liberal em Anápolis no início dos anos de 1990 permanecem com João Gomes mesmo ele estando em um partido de formatação social-democrata, como é o Partido dos Trabalhadores. E isso não é um problema, garante o prefeito. “O PT tem várias vertentes e correntes dentro do partido. Essa pluralidade de correntes no partido é respeito à democracia e aos diferentes. E eu acho isso bacana”.
A condução dos assuntos foi a única coisa que o atual prefeito não estava acostumado antes de se filiar ao PT, em 2007. “Eu até [me] assustei muito no começo com a maneira como eram discutidos os assuntos. Assim, de as vezes ter briga até, mas no final[todos] convergem. É impressionante”, revela ele, que se tornou vice na chapa encabeçada por Antônio Gomide, grande azarão da eleição de 2008, como uma solução caseira. “Ninguém quis ser vice do Antônio Gomide [em 2008]”, lembra João Gomes que entrou na chapa com a campanha já nas ruas.
Chegada à Prefeitura
Gomide começou a campanha com apenas 3% das intenções de votos e venceu a disputa no segundo turno com robustos 75% contra a então peemedebista Onaide Santillo, esposa do ex-prefeito Adhemar Santillo, ambos hoje tucanos. Sucedendo Pedro Sahium, do qual João Gomes conserva amizade até hoje, Gomide viria a se tornar o prefeito mais popular do país em seu tempo.
O sucesso da administração petista em Anápolis empurrou Gomide para a disputa pelo governo de Goiás, em 2014, passando para o colo de João Gomes a responsabilidade de assumir a administração de uma cidade com quase 400 mil habitantes e um orçamento superior a um bilhão de reais.
A disputa pelo governo do Estado passou, Gomide amargou um quarto lugar na eleição protagonizada pelos veteranos Marconi Perillo (PSDB) e Iris Resende (PMDB), e agora o PT de Anápolis apostas todas as suas fichas em João Gomes para defender o legado de seu antecessor e convencer a população de que a gestão petista, mesmo com menos dinheiro entrando no caixa da Prefeitura, não parou e merece mais quatro anos de confiança.
Dividida em vários momentos, a entrevista com o prefeito João Gomes tratou sobre a crise nacional do PT, acentuada pela Operação Lava-jato; o estilo pessoal que tenta imprimir nesses dois anos à frente da Prefeitura; e, por fim, sobre a eleição de outubro e o legado pessoal que quer deixar para a cidade.
A saída do PL e o ingresso no PT
O que acha da Operação Lava-jato
No que João Gomes é diferente de Gomide
Negociação do reajuste do salário dos professores e o Déficit de vagas nas cheches municipais
Entrada da Urban no transporte coletivo, as obras de mobilidade e a construção de novos terminais de passageiro
Segurança Pública em Anápolis e criação da Guarda Municipal
Criação de dois novos DAIA’s
Entrega dos apartamentos e casas populares
Relação com o governador Marconi Perillo
Campanha e partidos aliados
Adversários
Que legado pessoal quer deixar