Briga no HUANA foi caso isolado e tomará medidas cabíveis, diz SES

Agente prisional ameaçado de voz de prisão chegou a sacar arma dentro da unidade

Rafaella Soares Rafaella Soares -

A Secretaria da Saúde do Estado de Goiás (SES) enviou nota à redação do Portal 6, na tarde desta terça-feira (30), informando que a briga entre os vigilantes do Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HUANA) e um agente prisional será investigada para que sejam tomadas todas as providências cabíveis.

O incidente ocorreu na manhã de ontem (29) após a chegada do agente, que foi até o local para trocar de turno com um colega que estava acompanhando um detento.

Em registro feito pelos funcionários é possível ver o momento em que o agente prisional, identificado como Advaldo Rodrigues Cabral, segura o vigilante João Paulo de Souza Costa pela gola da camisa.

Lopo após, o chefe de segurança da unidade aparece dizendo que dará voz de prisão ao agente caso ele não solte o vigia.

“Aqui você não tem autoridade policial, aqui você é acompanhante. Aqui dentro a autoridade é nossa. Se você não soltar, eu vou te dar voz de prisão aqui dentro”, grita.

“Então dá”, desafiou Advaldo antes de sacar a arma.

Ao redor é possível ouvir gritos de pessoas que estavam próximas e ficaram assustadas com a atitude do agente.

A Secretaria de Saúde considerou o caso como sendo um fato isolado e não quis dar mais detalhes sobre o que motivou desentendimento.

 

Em tempo

Tanto o vigilante quanto o agente prisional envolvidos no escândalo foram à delegacia registrar uma ocorrência na manhã desta terça-feira (30).

No versão de João Paulo consta que o agente foi barrado por não ter se identificado na portaria quando chegou. Exaltado, ele também teria o empurrado contra a porta para entrar a força na unidade.

Já no registro de Advaldo, consta que os vigilantes não tinham justificativas para dar voz de prisão, pois isso só pode ser feito em casos de “flagrante diante da prática de delito”.

Em nota ao Mais Goiás, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) lamentou o problema e disse que também investigará os motivos que desencadearam a discussão.

“Independente das investigações, a DGAP vai entrar em contato com a direção do HUANA, com o objetivo de evitar que situações desagradáveis como essa não voltem a ocorrer entre servidores das instituições e que prevaleça sempre o bom-senso, companheirismo e o estrito respeito à lei. No âmbito da DGAP, também será aberto procedimento administrativo para esclarecimento dos fatos”.

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