Lojas de Anápolis fecham as portas contra imposto complementar para microempresas

Em todo estado, até 579.107 negócios poderão ser afetados

Rafaella Soares Rafaella Soares -

Seguindo uma recomendação da Câmara dos Dirigentes Logistas (CDL) de Anápolis, as lojas da cidade, sobretudo do Centro, estão fechando as portas mais cedo nesta quarta-feira (30) para protestar contra a recente implantação do Diferencial de Alíquota (Difal).

A ação ocorre exclusivamente durante o final desta tarde, após a CDL passar por todas lojas para explicar aos proprietários que essa medida, instituída em fevereiro, afeta diretamente as micro e pequenas empresas.

O Difal é um imposto complementar ao ICMS e que multiplica o preço das notas fiscais pela alíquota de 4,49% dos produtos que são comprados fora do estado.

Segundo o Sebrae, em todo o estado, até 579.107 negócios poderão ser afetados, pois a medida aumentará o custo para empresas que querem adquirir esses itens de fora e, consequentemente, ficará mais caro também para o consumidor.

As negociações contra o imposto estão ocorrendo desde o final do ano passado, pois, inicialmente, o valor teria de ser multiplicado por 10%.  Apesar da grande redução, os comerciantes ainda consideram a porcentagem alta.

Para a reivindicação, foi criado em Goiás o movimento Não ao Difal, que já conta com cerca de mil micros e pequenos empresários e que tem objetivo de questionar o imposto. Para o grupo, se ele for mantido, poderá causar desemprego e até falências.

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