Os efeitos drásticos da greve dos caminhoneiros sobre o Porto Seco e a CAOA Hyundai

Empresas, juntamente com outras gigantes do DAIA, são símbolos do desenvolvimento e economia local

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

Se enganam os que pensam que os efeitos da greve nacional dos caminhoneiros em Anápolis atingiram apenas o abastecimento nos postos de combustíveis.

Assim como o cotidiano de motoristas, a economia local foi fortemente comprometida desde a ausência de gás para venda aos produtos que começam a minguar e encarecer nas prateleiras dos supermercados.

No Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), a situação de paralisia repercute, como esperado, nas indústrias farmacêuticas. Das 12 que abrigam o polo, pelo menos cinco, segundo o Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), estão com a produção parcialmente paralisadas devido à falta de insumos e dificuldades no escoamento.

Porém, efeitos mais drásticos são vistos no Porto Seco Centro-Oeste e na montadora CAOA Hyundai.

Desde o último dia 21 até o início desta semana, o Porto Seco registrou uma queda de 60% na movimentação de mercadorias importadas. De cada quadro cargas destinadas ao local, apenas uma chegou ao recinto alfandegado.

Até mesmo produtos considerados essenciais como medicamentos, insumos farmacêuticos e cargas perecíveis chegam em volume menor do que o habitual.

Na CAOA, os carros da Hyundai não estão sendo produzidos desde a última sexta-feira (25) devido à falta de insumos e componentes de fornecimento local que não chegam à fábrica por conta da greve dos caminhoneiros.

“Colaboradores desta unidade foram dispensados e a reposição desses dias [de paralisação] e será negociada para o próximo mês”, informou em nota a assessoria de comunicação da montadora.

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