Antes de morrer asfixiado, homem teria dito ‘me solta, senão eu furo ela’

Em depoimento à Polícia Civil, o jovem, que acabou matando o pai para defender a mãe, foi convincente ao dizer que não teve opção

Da Redação Da Redação -

Chama a atenção um detalhe do depoimento de  Lucas Moreira Damas, de 21 anos, que acabou asfixiando o pai Donismar José Damas, de 41 anos, na manhã deste domingo (22), na Vila Jaiara, região Norte de Anápolis.

Na Central de Flagrantes da Polícia Civil, o jovem, que é estudante e auxiliar de produção numa indústria da cidade, contou ao delegado plantonista que o pai estava descontrolado e ao ser imobilizado gritava ‘me solta, senão eu furo ela’.

Ela, no caso, é a ex-esposa da vítima e mãe de Lucas. Há uma semana, Donismar descobriu ela havia começado um romance. Inconformado, ele veio de Uruana, onde cumpria pena por homicídio em regime semiaberto, para importunar a ex-esposa. Eles viveram juntos por 19 anos e há três estavam separados.

Conforme o depoimento, Donismar queria por tudo reatar o casamento. Chegou na casa pedido para ver o filho mais de novo, de dez anos, e depois pegou uma faca, chegando a atingir a antiga companheira.

Ao ver o pai partindo para cima da mãe com a intenção de matá-la, Lucas decidiu contê-lo com o golpe ‘mata-leão’ e, sem perceber, acabou o asfixiando.

Ainda segundo o delegado Vander Coelho, foi o próprio Lucas que ligou para a polícia. Ele pensou que o pai havia apenas desmaiado. Porém, o Serviço Ambulatorial Móvel de Urgência (SAMU) conformou o óbito.

“Como se apresentou espontaneamente, ele vai responder por homicídio em liberdade. Porém, se for concluído que foi uma legítima defesa, concluímos o inquérito pedindo que ele não responda criminalmente”, adiantou o delegado ao G1.

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