Roberto garante que UTI pediátrica não fecha, mas quer transparência para ajudar Santa Casa

Ministério Público reconhece que Prefeitura não deve nada ao hospital e atribui dificuldades financeiras à má gestão da FASA

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -
Roberto garante que UTI pediátrica não fecha, mas quer transparência para ajudar Santa Casa

Um passo importante para manter ativa a UTI pediátrica da Santa Casa de Misericórdia foi dado nesta sexta-feira (24).

Em reunião com o secretário estadual de Saúde Leonardo Vilela, bispo Dom João Wilk, e a diretora da Fundação de Assistência Social de Anápolis (Fasa) irmã Rita Cecília, o prefeito Roberto Naves (PTB) acertou a criação de um grupo de estudos para traçar a situação da unidade.

“Há a necessidade ter um desenho real, um raio-X real, com muita calma, sem se precipitar, para saber pontualmente onde é que se deve agir e fazer, em termos de gestão, para poder dar tranquilidade para a Santa Casa continuar funcionando”, explicou.

Apesar do acordo firmado, ainda não foi definido nem estipulado prazos para esse grupo apresentar resultados. No entanto, o petebista garante que, enquanto tudo não for esclarecido, a UTI pediátrica continuará em funcionamento.

“É, realmente, uma união em prol da Santa Casa. Nós tivemos essa união e foi muito bem definida no caso da dengue, nós tivemos essa união e também foi um sucesso no caso do Arraiana. Agora estamos propondo a união em torno da Santa Casa e é isso que vamos fazer”, finalizou.

Em tempo

Não é de hoje que a Santa Casa reclama falta de recursos e cobra socorro financeiro por parte do poder público.

Em nota enviada ao Portal 6, o hospital, justifica que desde 2013 deixou de receber recursos da Prefeitura de Anápolis que ajudavam nos custos da UTI pediátrica da instituição, a única que atende pelo SUS na cidade.

O montante que a unidade calcula chega a incríveis R$ 6 milhões, que o Executivo Municipal alega não dever, pois a verba, no período em que foi entregue, entre 2011 e 2012, provinha de uma contribuição voluntária que a Prefeitura deu com autorização da Câmara Municipal.

Justamente por ser uma contribuição, e não obrigação, é que ela não foi mais repassada. Mesmo entendimento tem o Ministério Público, que fiscaliza as contas da FASA, mantenedora da Santa Casa.

Segundo o promotor Marcelo Borges Amaral, em entrevista ao radialista Lucivan Machado, realmente a Prefeitura não tem débitos com o hospital, que passa por dificuldades financeiras devido à má gestão na organização social.

“O problema que identificamos está na Santa Casa e não na Secretária Municipal de Saúde. Então são eles que devem buscar uma solução, seja através do Estado, seja através da União, mas o Ministério Público também está acompanhando essa questão porque o nosso objetivo, repita-se: é evitar que o atendimento às crianças de UTI sejam prejudicados”.

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